Um levantamento solicitado à MaxiQuim pelo PICPlast – Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico, uma parceria formada entre a Braskem e a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) –, mostrou que a produção de plásticos reciclados a partir de resíduos pós-consumo teve aumento de 46% nos últimos cinco anos.

 

Trata-se de um estudo anual que tem a reciclagem mecânica de plásticos como tema principal, o qual é conduzido pela MaxiQuim desde 2018. Na atual edição da pesquisa, que traz dados sobre o mercado de reciclagem de plásticos referentes a 2022, foi apontado que no ano passado 25,6% do volume de resíduos plásticos pós-consumo foram reciclados no Brasil. 

 

 

O índice de reciclagem mecânica de plásticos pós-consumo teve o seu maior crescimento no Brasil desde 2018, chegando a 25,6%, conforme mostra a pesquisa. Foi informado à imprensa que o cálculo desse índice consiste na divisão da quantidade de plásticos pós-consumo reciclados pela quantidade de plásticos pós-consumo gerados.

 

Além disso, o índice de recuperação em 2022, que leva em conta o volume de resíduos consumido sem a exclusão das perdas no processo, foi de 30,1%. Também foi apontado aumento de dois pontos percentuais do índice de reciclagem de embalagens plásticas (28,7%) em comparação ao ano anterior.

 

Em se tratando da produção de resinas recicladas em 2022, do volume de mais de 1,1 milhão de toneladas produzidas, o poli(tereftalato de etileno) (PET), proveniente de garrafas usadas para o acondicionamento de bebidas, por exemplo, representa 38%, enquanto o polietileno de alta densidade (PEAD) equivale a 22% e o polipropileno (PP) a 18%. Além disso, o polietileno de baixa densidade e o polietileno linear de baixa densidade (PEBD/PELBD) provenientes dos resíduos pós-consumo representam 15% do volume total.

 

De acordo com o estudo, 13,7% das resinas recicladas produzidas foram usadas na fabricação de embalagens para produtos de higiene pessoal e de limpeza, além de cosméticos, assim como 11,5% delas foram destinadas à produção de embalagens para o acondicionamento de bebidas, 10% para a fabricação de utilidades domésticas e 9,4% para a indústria de produtos para construção civil e infraestrutura.

 

 

A origem dos resíduos pós-consumo usados na produção de resinas recicladas também está entre os tópicos do levantamento feito pela MaxiQuim, em que foi apontado que cerca de 1,7 milhão de toneladas de resíduo foram fornecidas por sucateiros a empresas do ramo de reciclagem, volume que representa 29% do total de resíduos. Já 19% desse montante foram fornecidos por beneficiadores, 13% o foram por empresas especializadas na gestão de resíduos e 11% foram negociados por cooperativas.

 

A pesquisa também apontou que o faturamento bruto no setor de reciclagem no País aumentou em 57% em cinco anos, ao passo que o índice de faturamento por tonelada produzida, que chegou a R$ 3.128 em 2022, de acordo com o levantamento, teve aumento de 42,6%, isso a partir de 2018.

 

Alguns fatores que influenciaram o setor de reciclagem de plásticos no ano passado foram comentados por Maurício Jaroski, diretor de química sustentável e reciclagem da MaxiQuim: “Podemos entender o ano de 2022 como um período de crescimento orgânico da indústria de reciclagem, uma vez que os efeitos da pandemia de Covid-19 se dissiparam ao longo de 2021. Além disso, foi observada uma maior quantidade de unidades produtivas de plásticos reciclados, principalmente na região Nordeste, que contou com diversos investimentos”.

 

Mais informações sobre o volume de resíduos plásticos consumidos no Brasil, a produção de resinas recicladas pós-consumo por região e a respeito do índice de perdas de processo, entre outros, podem ser obtidas nos sites do PICPlast e da MaxiQuim.

 

 

Imagens: PICPlast e MaxiQuim.

 

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#PICPlast #MaxiQuim #ReciclagemMecânica #PlásticoIndustrial



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