Um projeto europeu chamado “Preserve”, que visa promover o uso de embalagens feitas com bioplásticos, está apoiando o desenvolvimento de filmes e revestimentos à base de poli(hidroxialcanoato) (PHA) que apresentam barreira ao vapor de água, os quais estão sendo desenvolvidos pelo Aimplas – Instituto Tecnológico del Plástico (Espanha).


O trabalho conduzido pelo instituto tem como objetivo desenvolver embalagens fabricadas com materiais de base biológica que sejam capazes de aumentar o tempo de prateleira (shelf life) de alimentos e bebidas. Além disso, os estudos relacionados ao projeto abrangem a melhoria das propriedades mecânicas de embalagens e outros itens feitos com bioplásticos reciclados.


De acordo com informações fornecidas à imprensa, a pesquisa do Aimplas inclui o desenvolvimento de filmes e adesivos plásticos mais amigáveis ao meio ambiente, o que faz parte do escopo do projeto Preserve, alinhando-se a ações que visam incentivar a economia circular, preservação da natureza, entre outros temas ligados à sustentabilidade.


Lola Gómez, pesquisadora que está à frente do trabalho conduzido pelo Aimplas, comentou que uma das premissas desse projeto é “minimizar o uso de plásticos de origem fóssil, incentivando o desenvolvimento de bioplásticos com as mesmas propriedades, ou ainda melhores”. Ela também comentou sobre algumas estratégias que estão sendo realizadas neste sentido, tais como “aplicação de irradiação de feixe de elétrons, para melhorar as propriedades de barreira e mecânicas dos bioplásticos, e o desenvolvimento de tecnologias de reforço de polímeros para melhorar as propriedades dos bioplásticos reciclados”.


 

Reciclagem química e enzimática 

 

Os estudos feitos pelo Aimplas, segundo informações da instituição, também estão focados na biodegrabilidade dos filmes, revestimentos e adesivos, bem como na melhoria de processos de reciclagem química e enzimática.


A pesquisadora Lola Gómez explicou: “também nos concentramos em melhorar o fim da vida desses materiais por meio do uso da reciclagem enzimática de biopoliésteres, para obter oligômeros que podem ser usados como aditivos, usando enzimas incorporadas em bioplásticos, para melhorar a sua biodegradabilidade, e pelo uso de detergentes enzimáticos, para favorecer a delaminação de estruturas formadas por multicamadas, por exemplo”.


Mais informações podem ser obtidas pelo site do instituto.


 

Imagens: Aimplas.


 

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