Adalberto Rezende, da redação.

 

 

O parque fabril do Grupo Açotubo (Guarulhos, SP) passará a contar com uma nova prensa e um sistema progressivo de alimentação de chapas, maquinário que faz parte do portfólio da Amada, com matriz no Japão e filial brasileira na cidade de Barueri (SP). Além disso, o grupo empresarial adquiriu recentemente três dobradeiras, também fornecidas pela companhia de origem japonesa, além de equipamentos de corte a laser da alemã Trumpf, com filial brasileira também em Barueri (SP), e da Bystronic, empresa de origem Suíça, com sede brasileira em Colombo (PR).

 

Esse investimento está alinhado com a estratégia da Açotubo de aumentar a oferta de pacotes de serviços de corte, dobra e estampagem de chapas metálicas para seus clientes. Fernando Del Roy, diretor de marketing, suprimentos e inteligência de mercado, e Robson Garcia Joaquim, gerente de logística industrial, ambos integrantes do time da Açotubo, concederam entrevista à Corte e Conformação de Metais. Eles comentaram sobre este assunto e também a respeito de investimentos na capacitação de seus colaboradores.

 

Os novos equipamentos poderão entrar em operação em agosto de 2024, conforme as previsões do grupo empresarial. Fernando comentou sobre a compra do maquinário fornecido pela Amada: “Visitamos o show-room da Amada em sua matriz, no Japão. Fomos convidados a conhecer o parque fabril da companhia e, assim, pudemos dar continuidade às negociações para a compra dos novos equipamentos”. O executivo salientou que, a partir desse ponto, o objetivo da Açotubo é “investir cada vez mais no fornecimento de pacotes de soluções para os clientes, ou seja, fornecer tanto o material, aço, inox, além de outros, e serviços de corte, dobra, estampagem e soldagem”.

 

Mas, antes dessa etapa, a Açotubo conduziu um estudo que teve como objetivo analisar que tipo de equipamento de conformação de metais seria mais adequado para atender à demanda do setor metalmecânico percebida pela empresa, o que levou a comparações de modelos de perfiladeiras e de prensas.

 

Nas palavras de Fernando e Robson, o estudo teve como objetivo “compreender melhor o mercado para elaborar a estratégia da companhia. Notamos que a perfiladeira ia limitar um pouco a nossa expansão de mercado, assim optamos pela aquisição da prensa, que proporcionará uma abertura maior de mercado”.

 

Por fim, a necessidade de se obter ciclos rápidos de trabalho, visando buscar uma maior produtividade, foi um dos fatores-chave que levaram à decisão de compra da prensa e dos equipamentos para alimentação de chapas. Robson complementou dizendo: “Para podermos diversificar nossa atuação no mercado de corte e conformação de metais, tivemos que optar por linhas de equipamentos que permitissem a nós obtermos alta performance em nossos processos produtivos”.

 

 

Capacitação de colaboradores, um investimento fundamental

 

Os investimentos do Grupo Açotubo também estão direcionados para a capacitação de seus colaboradores, os quais podem participar de programas de treinamento desenvolvidos internamente. Conforme disseram Fernando e Robson, esses programas fazem parte das ações da “Universidade Açotubo”, que consiste basicamente em uma plataforma de cursos sobre aços, processos produtivos, melhoria de operações e otimização do uso de recursos, entre outros temas.

 

Robson explicou, enfatizando alguns dos motivos que levaram o grupo empresarial a investir em ambientes digitais voltados para a capacitação de profissionais: “Optamos por desenvolver a capacitação técnica dentro da Açotubo, dando preferência para os profissionais que já atuam no parque fabril da empresa”.

 

O entrevistado também comentou sobre um dos desafios enfrentados pela companhia, que diz respeito à, como ele mesmo disse, “ausência de mão de obra especializada em corte e conformação de metais. Por isso estamos investindo em capacitação, visando à retenção de talentos”. Nesse sentido, além de fortalecer as relações com instituições de pesquisa e ensino parceiras da Açotubo, a empresa também está aberta a propostas de parcerias com o meio acadêmico, e com a área de ensino técnico, por exemplo.

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Imagens: Grupo Açotubo, Amada.

 

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