As empresas que trabalham com a confecção de moldes e matrizes para a indústria do plástico estão a par das tendências mais recentes em termos de tecnologia para o setor. É o que aponta a pesquisa realizada por Plástico Industrial para complementar o guia anual de fornecedores de moldes e matrizes para a indústria do plástico.

 

Em um questionário com respostas espontâneas, 48% das empresas participantes informaram já prever em seus projetos a instalação de sensores destinados ao controle de processo e retroalimentação do sistema de informações no ambiente fabril que caracteriza o conceito de indústria 4.0.

 

Outro indicador da preocupação dessas empresas com o atendimento às novas exigências de mercado foi o fato de 68% delas já terem ouvido falar do conceito de “Ferramentaria de Classe Mundial” (WCT, de world class toolmaker), que caracteriza empresas aptas em termos técnicos e gerenciais a atuar no mercado global, sendo que 11% delas informaram já estar trabalhando para alcançar este patamar de qualificação.

 

Um indicador dessa necessidade é o fato de a indústria automobilística, global por natureza, ser o destino da maior parte (17,6%) dos moldes fabricados pelas empresas participantes, sendo por isso alvo de programas de qualificação específicos derivados do Programa Rota 2030.

 

Os setores de embalagens, eletroeletrônicos e de construção civil, com 12,2% cada, são também representativos, ao passo que os eletrodomésticos de linha branca consomem 12,9% dos moldes. Seguem-se a área médica, com 9,5%; móveis (7,5%) e brinquedos, com 6,4%, sendo o restante (9,5%) direcionado a segmentos diversos como agrícola, jardinagem, mercado pet, área elétrica e artigos esportivos.

 

Quanto à instalação de sistemas de câmara quente, 46% das participantes informaram fornecer moldes com esse recurso para a maioria de seus clientes (entre 61 e 100% deles). Outros 31% informaram fornecer de 31% a 60% dos moldes com esses sistemas já instalados, enquanto 23% declararam fornecer de 1% a 30% dos seus produtos já prevendo o trabalho com câmara quente.

 

Perguntadas sobre a idade do maquinário disponível em suas instalações, as participantes forneceram informações que permitiram configurar um parque fabril relativamente atualizado: 31,5% dele está entre 5 e 9 anos de uso; 30% das máquinas possuem de 0 a 4 anos; 28% possuem de 10 a 19 anos e 10,5% possuem acima de 20 anos. E a sondagem relativa ao porte das empresas revelou que 82% delas têm até 50 funcionários, 14% têm entre 51 e 100 e 4% têm entre 101 e 500.


 

Foto: Shutterstock

 

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