Um estudo coordenado pela BioLogiQ (Estados Unidos), que contou com a parceria da startup brasileira GreenPlat, mostrou que filmes fabricados a partir de uma linha de biopolímeros comercializados sob a marca NuPlastiq, desenvolvidos pela empresa norte-americana, podem ser reciclados e convertidos em novos filmes mais de uma vez.

Startup brasileira faz parceria com empresa dos Estados Unidos para executar pesquisa sobre reciclagem de biopolímeros

Os biopolímeros desta linha são produzidos a partir de amido de milho, batata ou mandioca – processo que consiste na conversão de pó de amido altamente cristalino em uma resina de baixa cristalinidade (principalmente amorfa) –, e sua reciclabilidade passou a ser analisada em 2019 por meio de pesquisas que envolveram a execução de ciclos de produção e de reciclagem mecânica de filmes plásticos.   


As etapas do estudo também abrangeram a submissão dos filmes feitos com biopolímeros a ensaios físico-químicos que, de acordo com Raphael Guiguer, que atua na gestão das operações da GreenPlat, contribuíram para “entender suas propriedades e como elas se comparam às do polietileno comum por meio de análises laboratoriais, para entender inclusive como esse material se comportaria na cadeia de reciclagem após o ‘estresse’ causado por diversas condições climáticas ou de utilização”.


Segundo informações da startup brasileira, já foram produzidas mais de 10 toneladas de matéria-prima para o estudo. O grau de reciclabilidade dos biopolímeros da marca NuPlastiq também é um dos interesses de associações ligadas à cadeia produtiva e de reciclagem de plásticos dos Estados Unidos. “O biopolímero da BioLogiQ, por si só, já é bem mais sustentável que o polímero oriundo do petróleo, pois tem menor pegada de carbono e vem de recursos renováveis. Mas a companhia precisava entender se o produto poderia ser reciclado e como ele impactaria a cadeia de reciclagem”, concluiu.


 

Reflexos do estudo no Brasil

A pesquisa realizada a partir do acordo consolidado entre a BioLogiQ e a GreenPlat também permitirá que parte das sobras do material usado no estudo seja destinada à fabricação de composteiras domésticas.

 

De acordo com informações da startup brasileira, uma das premissas dessa etapa do trabalho é doar composteiras para instituições da rede pública de ensino do Estado de São Paulo. O objetivo é que elas sirvam de instrumentos em disciplinas voltadas para a educação ambiental, por exemplo.

 

Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (11) 2337-4049 ou no site da companhia norte-americana. 


 

 

Imagem: BioLogiQ


 

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#BioLogiQ #GreenPlat #Biopolímeros #PI

 


 



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