A alemã Böllhoff, que tem unidade brasileira em Jundiaí (SP), especializada em tecnologia de fixação e montagem no setor metalmecânico, criou o Helicoil, um inserto metálico de alta resistência que pode ser usado na recuperação de roscas danificadas ou espanadas em peças fabricadas a partir de chapas ou tubos, ou ainda, reforçar roscas compostas por materiais leves, tais como alumínio e magnésio.

 

Flávio Silva, CEO da Böllhoff Brasil, destacou que o Helicoil tem sido produzido pela unidade brasileira do grupo alemão há alguns anos e já se tornou referência no mercado, atendendo à demanda de muitas indústrias locais. "Hoje, o maior volume fabricado pela Böllhoff é aplicado em peças de alumínio para a linha de veículos pesados e, neste caso, o item já é incorporado pelo fabricante desde o início do projeto - o que reduz custos de produção. Também prevemos forte tendência para uso no setor de carros elétricos, que requerem alta resistência mecânica das peças em alumínio, especialmente no módulo da bateria", comentou.

 

Além do setor automotivo, outras indústrias usuárias potenciais do Helicoil são as de energia eólica, agrícola e aeroespacial, levando-se em conta que a Böllhoff tem todas as certificações necessárias para este atendimento e conta com produção nacional.

 

Flávio explicou que quando o inserto Helicoil já é considerado desde o início do projeto, é possível reduzir custos associados a retrabalhos e correções de danos nas roscas. É possível obter ainda uma redução da torção de parafusos, assegurando também a melhor distribuição de forças, em um processo de aparafusamento mais uniforme. As características do material permitem a especificação de parafusos menores, assim como promovem a prevenção de danos por exposição a altas temperaturas e meios potencialmente corrosivos.

 

Após instalado, o Helicoil não necessita de travamento adicional e, uma vez montado, não é possível removê-lo com facilidade, o que garante que o inserto resista à desmontagem do parafuso.

 

Flávio Silva explicou ainda que aumentar o tamanho da rosca como medida para correção do espanamento e, consequentemente, realizar a troca do parafuso, não costuma ser uma boa opção quando ocorrem danos às roscas, além de elevar custos. "Também é comum a substituição por buchas metálicas e isto pode trazer futuros problemas relacionados à corrosão e resistência, sem contar o risco de travamento mecânico com deformação”, completou.

 

Fotos: Bollhoff


 

Leia também:

 

Digitalização aplicada ao curvamento de perfis

 

Software para trabalhar chapas é oferecido por assinatura



Mais Notícias CCM



Trumpf traz três novos modelos de máquinas para o mercado brasileiro

A empresa alemã explora os limites da tecnologia a laser e o uso de recursos digitais em seus novos modelos de máquinas para chanfrar, cortar e dobrar chapas metálicas.

09/06/2025


Intermach trará tecnologias para fabricação a partir de chapas

As atrações da nova edição da Intermach serão compostas por máquinas e sistemas para corte, dobramento e união de metais por soldagem e clinching. Aplicações de laser e robótica na indústria também serão temas de um congresso que será realizado paralelamente à feira.

06/06/2025


Sistema automatizado para movimentação de barras e chapas

Unidade automatizada desenvolvida pela alemã Kasto executa a separação e movimentação de barras e tubos metálicos. A empresa dispõe também de manipuladores para chapas.

06/06/2025