A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) lançou no final de abril o estudo "Petroquímica: atração de investimentos para o Rio de Janeiro", o qual demonstrou que o Estado vive uma janela de oportunidades para reverter a posição de dependência externa do País nas indústrias petroquímica e de fertilizantes. O estudo foi lançado em um evento ocorrido no dia 25 de abril, do qual participaram o secretário estadual de Energia e Economia do Mar, Hugo Leal, presidentes de sindicatos, de associações empresariais e representantes de empresas.
Os principais pontos do estudo foram apresentados por Thiago Valejo, gerente de Projetos de Petróleo, Gás e Naval da federação, ressaltando o potencial de monetização do gás natural, especialmente o oriundo do pré-sal, a competitividade entre o preço praticado nos Estados Unidos e no Brasil, entre outros tópicos.
O estudo trata da importância da retomada da indústria química no Brasil e no Rio de Janeiro a partir do gás natural, base para o desenvolvimento de resinas petroquímicas e matéria-prima para fertilizantes, com a possibilidade adicional de alavancar a geração de energia a partir do hidrogênio.
“Hoje desperdiçamos riqueza ao deixar de usar o gás natural e importamos produtos petroquímicos e fertilizantes. Em 2005, o volume de gás natural usado pela indústria era de 9 milhões de m3, impulsionado pela petroquímica. Atualmente é de 3 milhões. A demanda é visível e não podemos desperdiçar”, contextualizou Luiz Césio Caetano, vice-presidente da federação.
Já Isaac Plachta, presidente do Conselho Empresarial de Meio Ambiente da Firjan e presidente do Sindicato da Indústria de Produtos Químicos para Fins Industriais do Estado do Rio de Janeiro (Siquirj), defendeu que o gás não pode continuar a ser queimado nas plataformas: “Precisa estar disponível a preço competitivo não apenas para energia, mas também como matéria-prima para a indústria”
Já Fábio da Silva Santos, diretor de Estratégia e Desenvolvimento de Negócios da Braskem, mostrou que o mercado de petroquímicos vem crescendo e suporta os investimentos necessários para o aumento da produção de gás: “A demanda por polietileno (PE) cresce 3,6% ao ano e 20% das importações em média vêm dos EUA. Outra questão é a meta da Braskem de alcançar índice zero de emissões de gases de efeito estufa (net zero) até 2050. A indústria petroquímica baseada no gás emite menos carbono”.
A importância da regulamentação da especificação do gás natural foi ressaltada por Fatima Giovanna, diretora de Economia e Estatística na Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim): “A especificação do gás deve estimular a separação dos líquidos, conforme projeto em análise na ANP. Se ele for modificado, vamos desperdiçar todos esses componentes que seriam usados na indústria química”.
O estudo da Firjan está disponível na íntegra aqui.
Imagens: Getty / Firjan
Leia também:
Krisoll aumenta a capacidade de produção de compostos
Parceria no setor de resinas unifica a oferta de compostos e especialidades
#Firjan
Mais Notícias CCM
Aliança estratégica entre a Top Solid e a Holand fortalece a atuação regional da desenvolvedora de sistemas para o setor industrial.
17/07/2025
Novo levantamento apontou que os transformadores de plásticos por injeção investiram mais em células robotizadas para produção no chão de fábrica. Elas são utilizadas na execução de tarefas como, por exemplo, sobre-injeção de materiais e insertos, além de soldagem por ultrassom.
14/07/2025
Grupo activas Pay oferece crédito digital ágil e desburocratizado aos seus clientes por meio de uma plataforma digital que integra serviços financeiros.
08/07/2025