por Bruno Zabeu*

 

 

Robôs colaborativos estão ganhando espaço no cenário industrial mundial, tornando-se parceiros de diversos colaboradores, inclusive da indústria metalmecânica e na transformação de plásticos.

 

De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), em junho do ano passado, o setor industrial brasileiro de máquinas e equipamentos teve receita líquida de R$ 26.870,18 milhões. Neste cenário, a tendência é que o segmento metalmecânico cresça, principalmente se houver uma adesão cada vez mais rápida ao uso de cobots.

 

A alimentação de máquinas/carga e descarga (referida pelo termo em inglês machine tending) é um dos processos essenciais do segmento metalmecânico, e por meio da automação robótica colaborativa é possível obter melhores resultados que impactem positivamente toda a produção.

 

 

Bruno Zabeu, com atuação em gestão e desenvolvimento de negócios na Universal Robots na América do Sul, empresa dinamarquesa fabricante de braços robóticos industriais colaborativos, listou três vantagens proporcionadas pelo uso de cobots para a alimentação de máquinas no chão de fábrica.

 

 

 

Aumento da produtividade

 

Os robôs colaborativos podem realizar diversas etapas do processo de alimentação de máquinas, tais como abertura e fechamento de portas, ativação de máquinas, inserção de materiais, extração de peças finalizadas, entre outros. Por meio deles, a alimentação pode ocorrer de maneira ininterrupta, permitindo que os trabalhadores exerçam funções mais estratégicas.

 

Robôs industriais colaborativos operam, hoje, praticamente sem cometer erros e de forma efetiva, podendo gerar resultados 24 horas por dia. Assim, é possível automatizar atividades repetitivas que são cansativas para soldadores ou operadores de máquinas, por exemplo, possibilitando que estes atuem em outras áreas da linha de produção. Os resultados são: funcionários mais satisfeitos e maior eficiência operacional”, comentou Bruno.

 

 

 

Mais segurança

 

Os cobots contam com sistema de segurança, e Zabeu disse que, devido a isso, podem trabalhar lado a lado com colaboradores. Os cobots também podem operar próximos a máquinas pesadas e, assim, contribuem para que não aconteçam acidentes e lesões, também relacionadas à ergonomia, com humanos.

 

“Hoje, já há braços robóticos modernos que, ao entrarem em contato com um ser humano, limitam a sua força, ou que podem ser programados para operar em modo reduzido quando uma pessoa entra na área de trabalho, voltando à velocidade máxima quando o operador, por exemplo, sai do local. Assim, esse tipo de inovação é o caminho para mais conforto e segurança dos profissionais”, disse.

 

 

 

Flexibilidade e fácil instalação

 

Atualmente, existem robôs colaborativos que podem ser facilmente instalados e reprogramados caso aconteçam mudanças no fluxo de trabalho. Assim é possível inserir dados sem a necessidade de se aplicar uma programação adicional.

 

“Braços robóticos que se movem facilmente se adequam a diferentes atividades, trazendo mais agilidade para as indústrias, principalmente para aquelas que oferecem diferentes tipos de peças e serviços. A possibilidade de integração com várias tecnologias também contribui para a otimização de processos”, afirmou Bruno.

 

Independentemente do tamanho de determinada indústria do setor metalmecânico e da necessidade de alimentação das máquinas, os cobots são capazes de proporcionar benefícios que levam a procedimentos melhores, maior lucratividade e retorno do investimento após pouco tempo de instalação.

 

*Bruno Zabeu é gerente de desenvolvimento de negócios da Universal Robots na América do Sul.

 

 

 

Imagem: Universal Robots



Mais Notícias PI



Escadas de EPS são divulgadas por especialista em construção

O construtor Vander de Paula deu exemplos de como o poliestireno expandido (EPS) pode ser aplicado na construção de escadas.

30/04/2024


Flutuadores de PEAD passam por atualização

A Unipac, o Grupo KWPar e a Ciel & Terre International formaram uma parceria para o desenvolvimento de usinas fotovoltaicas flutuantes compostas por flutuadores da linha Hydrelio. A série de flutuadores foi atualizada e traz modelos com novo design. As partes envolvidas no consórcio buscam parcerias para o desenvolvimento de projetos no ramo fotovoltaico

30/04/2024


A indústria do PVC se prepara para o Tratado Global de Plásticos

O Fórum PVC 2024, que acontece de 15 a 18 de abril na Escócia, reúne organizações de diversos países e, inclusive, do Brasil, para discutir temas relacionados à resolução de problemas causados pelo descarte incorreto de plásticos, entre outros tópicos.

16/04/2024