A Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (Abief) divulgou um estudo sobre o segmento de embalagens plásticas flexíveis no Brasil, realizado pela agência de consultoria e inteligência de mercado Maxiquim, o qual mostrou que o volume de embalagens desse tipo produzido entre 2019 e 2020 teve um aumento de 5,4%.

Pesquisa sobre o mercado de embalagens flexíveis mostra aumento de produção de embalagens

 

O levantamento apontou que a produção de embalagens flexíveis chegou aos 2,088 milhões de toneladas ao final do período analisado. Entre os dados obtidos, foi constatado que o faturamento nessa área somou R $27,7 bilhões, o que representa uma alta de 30% em relação ao ano anterior.

 

 

A pesquisa também apontou que o consumo aparente de embalagens plásticas flexíveis aumentou em 7,2%, passando de 1,910 milhão de toneladas, consumidos em 2019, para 2,046 milhões de toneladas, montante referente ao ano passado. E o consumo por habitante (per capita) também teve alta de 6,3%: em 2020 foi de 9,7 kg/habitante contra 9,1 kg/habitante em 2019.

 

A indústria de alimentos foi apontada neste estudo como a principal consumidora de embalagens plásticas flexíveis no ano passado, a qual absorveu cerca de 826 mil toneladas de embalagens de um total de 2,088 milhões de toneladas produzidas naquele ano. Um outro dado levantado diz respeito à utilização de cerca de 371 mil toneladas de embalagens em aplicações industriais.

 

Já o ramo de produtos descartáveis absorveu 239 mil toneladas de embalagens, enquanto o de bebidas consumiu 200 mil toneladas e a área de agropecuária foi responsável pelo consumo de 172 mil toneladas de embalagens. Além desses, foram mencionados os segmentos de higiene pessoal e o de limpeza doméstica, cada um representando o consumo de 101 mil toneladas, seguidos pelo setor de alimentos para pets e pelos classificados na categoria “outros”, que absorveram 45 mil e 32 mil toneladas de embalagens flexíveis, respectivamente.

 

A quantidade de embalagens compostas por uma ou múltiplas camadas consumidas no período que compreendeu o estudo também foi um dos tópicos abordados. As embalagens multicamadas foram as mais consumidas, representando 693 mil toneladas, enquanto as constituídas de monocamada somaram 602 mil toneladas. A lista segue apontando que 279 mil toneladas de embalagens termoencolhíveis (shrink) foram absorvidas por diversas áreas de 2019 a 2020, ao passo que 238 mil toneladas de sacolas e sacos, 216 mil toneladas de filmes stretch, assim como outras 60 mil toneladas de produtos plásticos similares, foram utilizados no mesmo período.

 

A participação das embalagens flexíveis no montante de transformados plásticos também aumentou em 2020, partindo de 28% em 2019 para 31%, somando um volume de transformados plásticos de 6,781 milhões de toneladas. Das 572 mil toneladas de produtos plásticos transformados importados no ano passado, as embalagens flexíveis representaram 65 mil toneladas.

 

Consumo de resinas

O volume de resinas usado na fabricação de embalagens flexíveis também foi levantado a partir da pesquisa feita pela Maxiquim, e foi apresentado da seguinte maneira: o polietileno de baixa densidade (PEBD) e o polietileno linear de baixa densidade (PEBDL) foram os mais utilizados em 2020, somando 1,535 mil toneladas; o polipropileno (PP) representou 324 mil toneladas consumidas; e o polietileno de alta densidade (PEAD) equivaleu a 229 mil toneladas.

 

“Aqui vemos uma certa ‘dança’ dos números, principalmente pela falta e pelo aumento do preço da matéria-prima especialmente a partir do segundo semestre de 2020”, comentou Rogério Mani, presidente da Abief. Ainda segundo ele, “nossa indústria teve um desempenho acima da média de outros setores produtivos. Mas isso só aconteceu porque desde o início da pandemia de Covid-19, as empresas do setor agiram rápido e se adequaram ao novo cenário para evitar que setores estratégicos como o de alimentos, medicamentos e bebidas não ficassem desabastecidos de embalagens e que o consumidor final não sofresse com a falta de produtos”.


 

Balança comercial

O estudo encomendado pela Abief mostrou que em 2020 a balança comercial do setor não foi positiva, o que vinha acontecendo de forma oposta em anos anteriores. De acordo com a pesquisa, isso se deveu ao fato de, apesar de as importações, em toneladas, terem crescido em 8% no período, as exportações reduziram em 18%.

 

“Estes números revelam que a indústria de embalagens plásticas flexíveis consegue um bom desempenho inclusive em momentos críticos, como foi 2020. Mas há sérias preocupações em relação a 2021. O setor teme não conseguir driblar uma possível falta de matéria-prima e, principalmente, nossa indústria não tem mais como absorver aumentos do preço das resinas termoplásticas. Por isso, o principal conselho que damos para os associados da Abief é: cautela. Avaliem cuidadosamente o cenário, quase que diariamente e, mais do que nunca, pensem como uma cadeia, onde a ação de um dos elos poderá ter uma influência significativa no desempenho dos demais”, concluiu Rogério.


 

Mais informações podem ser obtidas aqui. Nossos guias trazem dados sobre a oferta de extrusoras para filmes tubulares e de máquinas para corte e solda de filmes plásticos, além de muitos outros produtos.


 

Imagem: Indicadores de pesquisa sobre o setor de embalagens plásticas flexíveis que fazem parte de um estudo realizado pela Maxiquim.

 

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