Foi realizado pela Associação Brasileira de Distribuidores de Resinas Plásticas e Afins (Adirplast) um encontro entre empresas associadas à entidade e membros da Malerba Sessa Advogados, empresa especializada em assessoria jurídica com sede em São Paulo (SP). A reunião tratou dos possíveis impactos, no setor de plásticos,  da reforma tributária que será realizada no País a partir de 2026.

 

Entre as premissas da reforma tributária está a substituição dos tributos PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS por dois tributos de base ampla: a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), de competência federal, e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), de competência estadual e municipal. 

O encontro contou com 55 participantes e Henrique Malerba e Rafael Sessa, sócios que estão à frente do escritório da Malerba Sessa Advogados (foto), conduziram as conversas que levaram à análise e ao detalhamento dos principais pontos da mudança e os desafios. “Estamos diante da maior transformação do sistema tributário brasileiro dos últimos 50 anos, e isso exigirá das empresas um esforço de adaptação sem precedentes. As empresas precisarão rever contratos, estratégias de precificação, cadeias de suprimento e a gestão de créditos tributários. Quem se antecipar terá vantagens competitivas, enquanto aqueles que demorarem a agir poderão enfrentar sérios impactos em sua operação”, comentou Henrique.

 

Rafael também comentou sobre os desafios da reforma tributária: “Sua implementação será gradual, ocorrendo entre 2026 e 2032. Isso faz com que durante esse período, tanto o modelo atual quanto o novo sistema irão coexistir. Assim, nesse intervalo, as companhias precisarão lidar com regras sobrepostas, o que demandará planejamento cuidadoso e ajustes contínuos. A lógica da tributação muda. Vamos passar a ter a cobrança no destino, em vez de na origem, além de um sistema não cumulativo mais amplo. Essa mudança vai afetar diretamente a forma como as empresas organizam sua logística e calculam seus preços”.

 

O especialista concluiu: “Com o split payment, a empresa não terá mais o imposto em caixa até o vencimento. O valor será repassado diretamente ao governo. Isso reduz a sonegação, mas impacta o capital de giro e exige um grau de compliance muito mais elevado”.

 

Para Cecilia Vero, presidente da Adirplast, “A reforma tributária impactará diretamente toda a cadeia do plástico. Por isso, percebemos como fundamental a promoção de debates capazes de fornecer aos associados à Adirplast informações qualificadas sobre as mudanças decorrentes da reforma. Esse conhecimento ajudará cada um de nós a preparar suas empresas para a tomada de decisões estratégicas mais acertadas ao longo da transição”.

 

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Imagem: Malerba Sessa Advogados/Adirplast.

 

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