Mesmo diante das instabilidade do cenário internacional, a Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas e Afins (Adirplast) ganhou novos associados e anunciou um aumento de 7,6% na comercialização de resinas, em relação ao mesmo período do ano passado. Entre janeiro e final de março deste ano, foram movimentadas 99.669 toneladas de produtos. Embora a comparação com o primeiro trimestre de 2024 não seja possível, tendo em vista que a entidade conta com uma nova base de empresas, os números podem ser considerados favoráveis.
Na análise por categorias, as resinas commodities (PEAD, PEBD+L, PP e PS) tiveram alta de 9,2%, somando 86.816 toneladas. Já os plásticos de engenharia (ABS-SAN, borrachas, poliacetal, PMMA, PC, EVA, PBT, elastômeros termoplásticos e as PAs 6 e 6.6) registraram queda de 6,1%, totalizando 11.386 toneladas. O segmento de masterbatches e compostos teve o melhor desempenho percentual, com alta de 46%, chegando a 1.467 toneladas vendidas.
O desempenho do setor tem sido influenciado pelas incertezas do atual cenário internacional, especialmente diante do agravamento da guerra tarifária entre China e Estados Unidos.
Segundo o vice-presidente da ADIRPLAST, Laercio Gonlçaves, “vivemos um momento em que fatores econômicos e geopolíticos se entrelaçam e impactam diretamente o ambiente de negócios. A cotação do dólar, que recentemente atingiu R$ 5,61, pressiona os custos de toda a cadeia produtiva – especialmente para setores que dependem da importação de insumos, como o de resinas plásticas.”
A entidade também acompanha de perto possíveis mudanças na dinâmica de fornecimento de resinas, com a expectativa de que o cenário internacional possa abrir espaço para novos players no mercado local ou redirecionar rotas comerciais.
“Para o Brasil, que importa volumes relevantes de resinas, esse contexto representa um ponto de atenção importante, com impactos tanto na competitividade dos produtos quanto no acesso a determinados insumos. É justamente nos ciclos mais difíceis que se abrem oportunidades para aqueles que investem em estrutura, inovação e relacionamento de longo prazo”, comentou o executivo.
Para o segundo trimestre deste ano Gonçalves crê que o ambiente continuará volátil, mas com possível estabilização da demanda interna.
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Imagem: Shutterstock
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