Pesquisadoras da Faculdade de Engenharia Química (FEQ) e da Engenharia de Alimentos (FEA), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), desenvolveram um plástico biodegradável e comestível composto por amido e gelatina.
O desenvolvimento ocorreu durante o doutorado da pesquisadora Farayde Matta Fakhouri, que foi orientada pelas professoras Lucia Helena Inoocentini Mei (FEQ) e Fernanda Paula Collares Queiroz (FEA). O biopolímero é obtido pelo processo de extrusão, em que o amido e gelatina são inseridos em uma máquina e submetidos à alta pressão, sem adição de qualquer solvente. Em seguida, o material passa por processo de transformação para torná-lo um filme.
Até chegar à consistência correta que proporcionasse a produção de um filme foram testados diversos amidos (naturais e modificados) com diferentes proporções de gelatina. Segundo Farayde, “os testes foram essenciais para que conseguíssemos chegar a uma formulação possível de ser soprada sem nenhum aditivo ou outro tipo de composto”. A pesquisadora explicou ainda que a quantidade de gelatina pode contribuir tanto para um produto mais flexível, quanto para um mais rígido.
A versatilidade do material permitiria sua aplicação em setores industriais como de cosméticos, produtos de higiene, remédios, brinquedos e produtos descartáveis, principalmente em embalagens (primárias ou secundárias), que geralmente são compostas por polímeros sintéticos. De acordo com comunicado publicado pela agência de inovação da universidade, a inexistência até então de um produto baseado em material comestível e atóxico levou a pesquisadora a buscar o desenvolvimento de um processo que tornasse essa alternativa viável. Os resultados levaram a Unicamp à requisição da patente do produto junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).
(Fotos por Pedro Amatuzzi. Fonte: Unicamp).
#bioplastico #plasticounicamp #plasticocomestivel
Conteúdo relacionado
Mais Notícias CCM
A observação de normas é essencial para empresas e profissionais envolvidos na fabricação de produtos plásticos. A aptidão para lê-las e interpretá-las é igualmente fundamental, e pode abrir caminho para a tomada segura de decisões. Um exemplo claro são algumas normas do setor automotivo que, para surpresa de alguns, aconselham expressamente o uso de materiais reciclados.
29/07/2025
Empresa da Nova Zelândia levará para a feira K um sistema de conexão flexível que pode impedir a perda de plásticos micronizados em linhas de movimentação de materiais.
29/07/2025
Programa Think Plastic Brasil vai levar nove fabricantes de produtos plásticos à feira ASD Market Week, em Las Vegas.
29/07/2025