A pesca é das atividades mais importantes para a economia chilena, e as cordas usadas e descartadas por pescadores constituíam um grave problema para o ecossistema, especialmente na região da Patagônia chilena. No entanto, um projeto denominado Atando Cabos, iniciado pela empresa Comberplast, com sede em San Bernardo (Chile), está conseguindo recuperar esse material, transformando-o em produtos plásticos variados.
Os cabos são compostos por PE e PP, emaranhados de uma maneira que torna praticamente inviável a sua separação mecânica. A solução surgiu com o uso dos polímeros de alto desempenho Vistamaxx, da Exxon Mobil, que permitem compatibilizar esses dois materiais para fins de reprocessamento, fazendo com que eles se misturem quando fundidos. Atuando como aditivos, eles modificam o material de forma a melhorar a eficiência do processo de reciclagem e aumentar a tenacidade dos produtos finais, com ganhos mensuráveis em termos de fluidez e resistência ao impacto.
A coleta do material passou a ser feita nas praias com o auxílio de diversos parceiros, incluindo organizações não governamentais e cooperativas de pescadores, fazendo chegar às instalações da Comberplast toneladas de cordas descartadas. Trituradas e lavadas, elas são transformadas em grânulos estáveis, com os quais são injetados produtos finais como pallets, caixas para frutas e lixeiras, entre outros. Doze meses após o início do projeto foram retiradas mais de mil toneladas de cordas do oceano, e a meta da Comberplast até 2020 é dobrar essa capacidade anual. Para isso a empresa dispõe de um parque com 40 injetoras de portes que vão de 50 a 2.800 toneladas de força de fechamento, as quais processam hoje materiais reciclados de diversas origens.
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