O Instituto Mackenzie de Pesquisas em Grafeno e Nanotecnologias (MackGraphe) divulgou seu acordo de colaboração com a Bluefields Aceleradora. A parceria consiste no interesse mútuo em fomentar aplicações de grafeno na indústria brasileira, especialmente recorrendo a startups e programas de inovação com o intuito de impulsionar o ecossistema, ainda em fase inicial no Brasil, para promover o uso da nanotecnologia em suas diversas aplicações no mercado.

 

A aceleradora já está instalada no prédio de pesquisa e inovação do instituto. Juntos, estão em busca de parceiros para projetos como o Acelera Nano (programa de inovação e aceleração de graphene-based startups) e projetos de inovação aberta no modelo tríplice-hélice (iniciativa que une governo, empresas e universidade) que visam criar startups a partir da estratégia das empresas parceiras e demandas do mercado, que resolvam desafios de negócio e sustentabilidade utilizando o grafeno.

 

O grafeno é um material formado por átomos de carbono, reconhecido por seu grande potencial tecnológico em diferentes áreas. De acordo com o The Graphene Council, esse nanomaterial possui aplicações em mais de quarenta nichos de mercado, incluindo as indústrias automobilística, eletrônica, aeroespacial, esportiva, de defesa e construção. Outro benefício é que o grafeno amplia o número de vezes que os materiais plásticos podem ser reciclados. Grandes empresas voltadas para a manufatura de produtos aeroespaciais, automobilísticos, eletrônicos, de telecomunicações, energia, químico e plásticos têm usado esse nanomaterial como insumo ou comercializam produtos contendo grafeno. Conforme as aplicações se desenvolvem em diferentes segmentos de mercado, a oferta desse material ganha incentivo e viabilidade econômica.

 

Roberto Tsukino, gerente de inovação e vice-presidente da Bluefields Aceleradora, comentou que “estamos muito animados por acelerar a inovação com a tecnologia do grafeno, um assunto que agora podemos avançar da pesquisa para a prática por meio das startups”. Para o presidente do Instituto Presbiteriano Mackenzie, José Inácio Ramos, este é um momento importante para a instituição, “Projetos de pesquisa e inovação desenvolvidos por nossos alunos podem avançar mais um degrau na escala de maturidade tecnológica, com a expertise da Bluefields, inclusive na busca de investidores e grandes empresas. O Mackenzie quer contribuir cada vez mais neste momento ímpar do grafeno, por meio da convergência entre academia, grandes empresas e startups, possibilitando dessa forma que essas iniciativas saiam do ambiente universitário e ganhem o País e o mundo”.

Saiba mais sobre a rede de pesquisa em grafeno no Brasil assistindo ao webinar PI “Grafeno: usos para um material avançado na indústria de plásticos”.

 

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<Foto: Pixabay>

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