Foram divulgados os resultados do 12º Censo da Reciclagem do PET no Brasil, realizado pela Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet). De acordo com o levantamento, 359 mil toneladas de embalagens produzidas com a resina poli(tereftalato de etileno) (PET) pós-consumo receberam a destinação adequada, um crescimento de 15,4% sobre o volume registrado em 2019, último período em que o levantamento havia sido feito. Naquele ano, 311 mil toneladas, ou 55% das embalagens PET haviam sido recicladas.

 

“Diante desses números, o Brasil consolida sua posição de liderança mundial na reciclagem de PET, em função de um grande e diversificado mercado consumidor que foi criado durante duas décadas para o material reciclado”, avaliou o presidente executivo da ABIPET, Auri Marçon. “Mesmo com esse desempenho, ainda contamos com capacidade ociosa, da ordem de 25%, para reciclar volumes adicionais que atenderiam perfeitamente a um mercado em forte crescimento, pronto para absorver esse material.”

 

PET reciclado nas embalagens

 

O crescimento da reciclagem de embalagens PET (15,4%) superou também o crescimento do consumo de resina virgem, que foi de 12,4% no mesmo período. Esse desempenho mais favorável para o material reciclado decorre da evolução que vem acontecendo nas empresas usuárias da embalagem e do seu compromisso com a circularidade.

 

Prova disso é que o maior consumo de resina PET reciclada foi registrado pelos fabricantes de preformas e garrafas, produtos que são utilizados principalmente pela indústria de água, refrigerantes, energéticos e outras bebidas não alcoólicas. No último levantamento, de 2019, esse setor consumia 24% do total do PET reciclado. No novo censo, o índice alcançou 29%, fato que decorre do uso crescente do processo bottle to bottle, para a produção de embalagens de grau alimentício (food grade) com resinas recicladas.

 

O setor têxtil vem em segundo lugar, com o consumo de 25% de todo o material reciclado, uma alta de dois pontos percentuais sobre o índice de 2019. As embalagens para sólidos (bandejinhas termoformadas) manteve o percentual já registrado em 2019 e fechou o ano passado com 17% do volume total de PET reciclado.

 

“A forte demanda pelo PET reciclado muitas vezes gera a falta de material no mercado. Isso provoca a alta do preço, que em alguns momentos chega a ser superior ao da resina virgem. Mesmo com essa diferença, o compromisso de grandes usuários com ações sustentáveis garante a compra e utilização do material reciclado”, explicou o presidente executivo da Abipet.

 

Os resultados do 12º Censo da Reciclagem do PET no Brasil foram levantados a partir de entrevistas com representantes de 140 empresas de todo o País, divididas entre recicladores (24%); aplicadores, que são empresas que adquirem e utilizam o PET reciclado em seus produtos (61%); e integrados, que fazem a reciclagem e também utilizam o material na fabricação de itens que retornam ao mercado (13%).

 

 

 

Foto: Zuzanna Szczepańska / Unsplash

 

 

 

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