Hellen Souza, da redação

 

O desenvolvimento do mercado de silo-bolsas é um dos grandes impasses da plasticultura no Brasil. Enquanto muitos outros recursos para produção agropecuária baseados em insumos plásticos avançam, a difusão dos silo-bolsas ainda esbarra no receio de muitos agricultores em utilizá-los e também das empresas de transformação em fabricá-los, por tratar-se de um produto de grande volume e de manuseio difícil.

 

Esse impasse é um desafio que a Silo Bag Solution (SBS), de Orleans (SC), tomou para si ao desenvolver máquinas dobradoras de silo-bolsa (foto ao lado). A empresa, que tem cinco anos de mercado apenas, iniciou a comercialização dos equipamentos em 2020 e já está lançando um modelo atualizado e totalmente automático capaz de dobrar um silo-bolsa de 60 metros a cada 12 minutos.

 

A máquina tem acionamento eletropneumático, com um sistema de manuseio que se adapta ao plástico que está sendo trabalhado, e é operada por duas pessoas por turno, enquanto o processo de dobra manual demanda dez trabalhadores, em uma tarefa braçal repetitiva e insalubre.

 

Ao receber os filmes tubulares extrudados e bobinados, a máquina dobra e encaixota os silos, que ficam prontos para serem despachados para o campo. Em um turno de 24 horas, é possível produzir até 96 silos bolsas de 9 a 10 pés. A SBS também fabrica máquinas de menor porte, para a dobra de silos de até 6 pés, destinadas a fornecedores que atendem pequenos agricultores, enquanto os modelos para 9 a 10 pés ou para 12 a 14 pés, totalmente automáticos, se destinam à armazenagem de grandes volumes.

 

Desenvolvimento conjunto

 

Gonzalo Milindre Gonzalez (foto), diretor da SBS, explicou que a máquina automática de dobrar foi desenvolvida com o apoio de uma empresa paulista produtora de silo-bolsas, que investiu e comprou o protótipo. Segundo ele, o Brasil consumiu em 2022 cerca de 180 mil silo-bolsas, mas existe ainda grande potencial de crescimento do mercado, se levado em conta o déficit de armazenagem de grãos: “Usa-se muito ainda a armazenagem/silagem por trincheira, que consiste em cavar um buraco ou preparar um armazém, envolvendo ainda a tarefa de compactação do solo, em um processo que resulta em perdas de até 30% da produção devido à umidade, a intempéries e pragas”, comentou. Já o silo-bolsa permite o armazenamento temporário imediato, de forma hermética e demandando menos investimentos em infraestrutura.

 

Um dos gargalos para a utilização do silo-bolsa, no entanto, é a composição do conjunto colheitadeira/embutidora. Por isso a SBS está trabalhando também no projeto de uma embutidora autopropelida, que atua de forma a integrar a colheitadeira e o silo-bolsa, dispensando a movimentação por trator. Outro projeto, em parceria com a argentina Wi-Agro, tem foco na instalação de sensores com conexão por satélite para a geolocalização dos silo-bolsas, além de um sistema de medição do CO2 e do teor de umidade no interior dos silos, o qual permitirá o monitoramento da qualidade do grão em tempo real.

 

Criadora e detentora da patente da máquina vertical de dobrar silo-bolsas, a SBS produz também impressoras para silo-bolsas por rotogravura, que trabalham em linha com as extrusoras dos filmes tubulares.

 

Imagens: SBS

 

 

Leia também:

 

Silo-bolsas de PA têm alta resistência à perfuração e ao rasgamento

 

Como os plásticos estão se tornando aliados da produtividade no campo

 

#SiloBagSolution

#SBS

#silobolsas



Mais Notícias PI



Copaza lança copos biodegradáveis

Uma tecnologia que atrai mais de 600 tipos de microrganismos para se alimentar do material dos copos está presente no aditivo usado em sua formulação.

08/05/2025


BASF lança compostos para fabricação de componentes elétricos

A blenda especial Ultrason® D é recomendada para a fabricação de peças para equipamentos elétricos e eletroeletrônicos.

07/04/2025


Uma barbearia montada com blocos de PP reciclado

A Fuplastic lançou um modelo de estabelecimento comercial construído com 1.000 blocos de polipropileno reciclado.

18/03/2025