por Ricardo Mello*

 

 

Desde sua criação, o plástico revolucionou a indústria e se tornou um material fundamental no dia a dia das pessoas. No entanto, seu uso excessivo e o descarte inadequado tem causado discussões, em que o material é frequentemente apontado como o grande vilão da poluição marinha.

 

Existem diversos fatores envolvidos na poluição dos oceanos, e é importante entender que o plástico não é o único culpado. Com isso em mente, é fundamental ampliar a discussão sobre o assunto e buscar soluções mais abrangentes e efetivas para enfrentar esse sério problema.

 

Existem outras razões para a poluição dos oceanos: a cultura de descarte inadequada e a falta de responsabilidade na produção e no consumo de plástico persistem na sociedade, trazendo consequências inimagináveis ao meio ambiente.

 

O verdadeiro vilão nessa história é a falta de consciência e de incentivos para uma produção e consumo mais responsáveis. Ainda, grande parte da poluição dos oceanos é causada pela pesca industrial, que deixa uma enorme quantidade de redes de nylon, e de outros apetrechos, nos mares. Itens relacionados à pesca representam aproximadamente 85% do lixo marinho, de acordo com dados levantados pelo Greenpeace.

 

Para lidar com o consumo do plástico, é necessário adotar uma abordagem de reutilização e reciclagem.  A reutilização é incentivada com a produção e utilização de produtos duráveis e de segunda mão, além da adoção de sistemas de logística reversa. A reciclagem, por sua vez, pode ser incentivada com educação e campanhas de conscientização, incluindo incentivos financeiros e políticas públicas que promovam esse ato.

 

Pequenas ações realizadas por governos e organizações podem fazer com que a reciclagem se torne mais comum no cotidiano das pessoas. É possível alcançar esse efeito com pequenos atos, como a instalação de lixeiras de coleta seletiva em locais públicos, a criação de incentivos fiscais para empresas que adotem práticas sustentáveis, além, é claro, da promoção de campanhas de conscientização sobre o consumo responsável. Existem diversos movimentos que podem ser realizados nesse sentido.

 

O processo de reciclagem pode ser economicamente viável não só para empresas, mas para qualquer pessoa em seu dia a dia. No entanto, isso dependerá da eficiência e qualidade do processo, além de valores do mercado dos materiais reciclados. Vale lembrar que as políticas públicas que promovem a reciclagem tornam o processo ainda mais acessível para qualquer pessoa. A reformulação da imagem do plástico perante a sociedade envolve mudanças em nossa percepção do material e sua utilidade, bem como a promoção de práticas mais sustentáveis em relação ao seu uso e descarte.

 

*Ricardo Mello é líder da Câmara Setorial dos Fabricantes de Descartáveis Plásticos da Abiplast e fundador do projeto Plástico Amigo.

 

 

Imagens: Pixabay, Ricardo Mello

 

 

#Abiplast #PlásticoAmigo #Reciclagem #PI



Mais Notícias PI



Escadas de EPS são divulgadas por especialista em construção

O construtor Vander de Paula deu exemplos de como o poliestireno expandido (EPS) pode ser aplicado na construção de escadas.

30/04/2024


Flutuadores de PEAD passam por atualização

A Unipac, o Grupo KWPar e a Ciel & Terre International formaram uma parceria para o desenvolvimento de usinas fotovoltaicas flutuantes compostas por flutuadores da linha Hydrelio. A série de flutuadores foi atualizada e traz modelos com novo design. As partes envolvidas no consórcio buscam parcerias para o desenvolvimento de projetos no ramo fotovoltaico

30/04/2024


A indústria do PVC se prepara para o Tratado Global de Plásticos

O Fórum PVC 2024, que acontece de 15 a 18 de abril na Escócia, reúne organizações de diversos países e, inclusive, do Brasil, para discutir temas relacionados à resolução de problemas causados pelo descarte incorreto de plásticos, entre outros tópicos.

16/04/2024