A 3DCRIAR (São Paulo, SP) está trazendo para o Brasil um equipamento para secagem de filamentos que soluciona um problema recorrente para os usuários de sistemas de manufatura aditiva que precisam imprimir peças em materiais higroscópicos como poliamida(PA), acrilonitrila-butadieno-estireno (ABS) e poli(tereftalato de etileno) (PET), entre outros. Esses materiais absorvem muita umidade após retirados de sua embalagem original, e isso altera o seu comportamento durante a impressão, ocasionando a formação de peças defeituosas.

 

A solução simples, porém sofisticada, chamada Drywise, foi desenvolvida pela Thought3D (Malta), e apresentada na última edição da feira Formnext, dedicada à tecnologia em manufatura aditiva, realizada em Frankfurt (Alemanha), no mês de novembro. Trata-se de uma câmara de secagem, que opera por aquecimento e ventilação forçada e funciona posicionada entre o sistema que desbobina o filamento e a impressora, realizando a secagem do material em linha. Uma demonstração do seu funcionamento pode ser vista na apresentação abaixo, onde podem ser observados em uma mesma impressora, com cabeçote duplo, os diferentes resultados obtidos com e sem a secagem em linha.

 

 

 

 

 

Aparentemente simples, o dispositivo conta, no entanto, com sensores de presença, de tracionamento, de temperatura, de desgaste das peças internas e do elemento secante utilizado. Eles fornecem dados para o sistema de controle que permite ajustar as condições de processo para diferentes materiais. Realiza também o preaquecimento de compósitos como a poliamida com fibra de vidro, que pode romper se não for preaquecida.

 

O sistema de controle do Drywise conta com uma biblioteca de filamentos de marcas homologadas, permitindo o ajuste preciso das condições de secagem para cada tipo de material, de modo a assegurar o melhor resultado para a impressão das peças. Observar as condições exigidas para cada material, inclusive, é o segredo para a obtenção dos melhores resultados na impressão 3D, conforme explicou Daniel Huamani, diretor da 3DCRIAR: “Não existe material difícil de imprimir, desde que observadas as condições e o adesivo térmico correto para o processo”, resumiu. O sistema de secagem em linha evita também o processo de degradação térmica que os materiais higroscópicos sofrem ao serem submetidos a sucessivos ciclos de secagem antes do uso na impressão 3D.

 

Daniel explicou que fechou o acordo para distribuição do Drywise no Brasil durante a Formnext, onde observou muitas novidades relacionadas ao mundo da manufatura aditiva adaptáveis ao contexto de indústrias de diversos portes. Ele elaborou um relatório sobre essas tendências que pode ser solicitado pelo e-mail daniel.huamani@3dcriar.com.br. O sistema estará disponível para comercialização no Brasil já a partir de janeiro de 2023, com estoque local.

 

A 3DCRIAR também fechou recentemente uma parceria para distribuição no mercado brasileiro dos materiais especiais da Braskem para impressão 3D, tais como o PE e o EVA verdes e o PP reciclado contendo fibras de carbono também recicladas. A empresa comemora este ano mais uma conquista: foi indicada novamente para concorrer ao 3D Printing Industry Awards na categoria “Vallue-added Reseller of the Year” (revendedor com valor agregado do ano, em tradução livre). A votação está aberta até o próximo dia 10, no link: https://3dprintingindustry.com/news/3d-printing-industry-awards-2022-vote-now-216637/

 

 

Fotos: 3D Criar

 

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