No próximo dia 18 de agosto o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV) promoverá o 17º dia nacional do Campo Limpo, em edição virtual e sob o tema “responsabilidade para agir e conservar”, contando com atividades que vão conectar os participantes virtualmente, além da realização de ações sociais envolvendo 96 unidades de recebimento de embalagens em todo o país.

 

O Sistema Campo Limpo é um programa de logística reversa de embalagens pós-consumo de defensivos agrícolas e tem como base o princípio das responsabilidades compartilhadas entre todos os elos da cadeia produtiva (como agricultores, fabricantes, canais de distribuição e poder público) para realizar tal logística reversa. Segundo informações do sistema, o País é referência mundial na destinação correta desse tipo de embalagem, encaminhando cerca de 94% das embalagens primárias para reciclagem ou incineração, e já destinou mais de 620 mil toneladas de embalagens vazias de defensivos agrícolas, desde 2002.

 

O evento oficial do inpEV será transmitido em canal de televisão no dia 18 de agosto às 13h00. Mais informações estão disponíveis em seu site. Além disso, o sistema promoverá a arrecadação e doação de alimentos e, nesta edição, a expectativa é superar as 155 toneladas de alimentos doados em 2020.

 

Os benefícios desse sistema podem ser observados por meio de um estudo de ecoeficiência do Sistema Campo Limpo, realizado pela Fundação Espaço Eco, divulgado em 2020. O estudo apontou que o projeto evitou a emissão do equivalente a 823 mil toneladas de gás carbônico entre 2002 e 2020.

 

 

Em números gerais fornecidos pelas instituições, se essa emissão de CO2 tivesse de fato ocorrido, seria necessário plantar aproximadamente 6 milhões de árvores para capturá-la da atmosfera. Por permitir a economia de recursos naturais, o programa de logística reversa possibilitou que quase 1,9 milhão de barris de petróleo deixassem de ser extraídos e foram evitados o consumo de 36 bilhões de megajoules de energia, que seriam suficientes para fornecer energia elétrica para 5,2 milhões de residências durante um ano.

 

Aumento do consumo de defensivos

De acordo com o inpEV,  com a expansão da fronteira agrícola e a modernização do cultivo, cresce também a utilização de insumos como defensivos agrícolas. Sem a gestão dos resíduos daí resultantes, certamente haveria forte impacto ambiental. Quando as embalagens são abandonadas no ambiente, ou descartadas inadequadamente, podem contaminar o solo, as águas superficiais e os lençóis freáticos. Há ainda o problema da reutilização sem critério das embalagens, que coloca em risco a saúde de animais e das pessoas.

 

Assim, para colocar em prática a responsabilidade da destinação correta, o instituto mantém parcerias com empresas recicladoras as quais recebem e reciclam o material, respeitando as exigências legais e os padrões pré estabelecidos de segurança, qualidade e rastreabilidade. O material reciclado é utilizado em mais de 30 novas aplicações, sendo a maioria de uso industrial, tais como itens para construção civil (dutos corrugados e tubos para esgoto);  componentes para indústria automotiva e de transportes (caixas de baterias, dormentes ferroviários e postes de sinalização); itens para o setor de energia (cruzetas para postes); novas embalagens e tampas para defensivos agrícolas, entre outras. As embalagens que não podem ser recicladas são encaminhadas para incineração.

 

Coleta itinerante

Para evitar a transmissão de Covid-19 e ainda atender aos agricultores com segurança, o sistema adotou protocolos sanitários em março passado, passando a dispor de  postos itinerantes de recebimento em formato drive thru. Segundo o inpEV, as ações itinerantes facilitam a devolução das embalagens para os agricultores que estão distantes das unidades fixas, especialmente os pequenos e médios produtores. Para atender esse público, o sistema realiza cerca de 4,5 mil recebimentos itinerantes por ano.


 

(Fotos: inpEV e BASF, Fundação Espaço Eco)

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