O mercado de resinas recicladas tem sofrido os revezes da superoferta mundial de commodities que está comprometendo ou retardando projetos de economia circular. Fundamentado nas leis de mercado, o setor enfrenta uma batalha para se firmar como alternativa robusta de abastecimento de insumos para a indústria de transformação, valendo-se de políticas públicas para crescer de maneira sustentável.
Nesse sentido, é mais que bem-vinda a publicação do decreto que institui o Sistema de Logística Reversa de Embalagens de Plástico. Ao fixar metas progressivas que chegam a 40% de conteúdo reciclado em 2040, o instrumento cria um ambiente regulatório para o desenvolvimento de tecnologia, apoio logístico e competitividade em toda a cadeia.
A pesquisa mais recente do Movimento Plástico Transforma, com base nos dados de 2024, mostra que os índices de reciclagem de material pós-consumo já caminham nessa direção, pelo alinhamento dos elos da cadeia com as metas do decreto, antes mesmo que elas fossem estabelecidas: o PET já ostenta um índice de 46% de reciclagem, seguido pelo PEAD, com 29,2%; EPS com 25,3% e PP com 17,2%.
O estímulo normativo somado ao desenvolvimento tecnológico amparado no rigor no preparo de novas formulações pode acelerar a chegada ao mercado de reciclados com um novo patamar de qualidade. Para isso, eventos como o 6º Recy-Plastech, que acontece esta semana e tem o apoio da Plástico Industrial, são fundamentais por promoverem o livre acesso à informação e ao debate sobre novas tecnologias.
Todos os esforços setoriais somados ao novo ambiente regulatório tendem a promover avanços competitivos efetivos que consolidarão o setor de resinas recicladas como pilar de sustentabilidade na indústria de transformação de plásticos.
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