A Arcelor Mittal anunciou na semana passada a assinatura de um acordo com acionistas da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), situada na cidade cearense de São Gonçalo do Amarante, para a aquisição da empresa pelo valor de aproximadamente US$ 2,2 bilhões. A transação ainda está sujeita à aprovação de órgãos regulatórios, incluindo o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), instituição brasileira antitruste, que deverá ser anunciada até o final deste ano.
A Companhia Siderúrgica do Pecém pertence à Vale e a sua venda marca a saída da gigante mineradora do
setor de siderurgia. Produz placas de aço a partir das quais são fabricados laminados planos usados pela indústria de corte e conformação. Opera um alto-forno com capacidade de três milhões de toneladas/ano, boa parte exportada por meio do Porto de Pecém, estrutura que opera em águas profundas e fica a 10 quilômetros da usina.
A empresa se beneficia de incentivos fiscais, o que a tornou mais atraente ainda para a Arcelor, que vai expandir suas operações no cenário siderúrgico brasileiro, além de participar de um grande projeto de geração de energia limpa a partir do hidrogênio verde: o Pecém Green Hydrogen Hub, parceria entre o Complexo de Pecém e a fornecedora de gases industriais e de engenharia Linde, terá sua primeira fase concluída nos próximos cinco anos, com a construção de instalações com capacidade de 100 a 150 MW de geração de energia renovável.
O destino dos aços produzidos pela CSP deverá ser outras operações da própria Arcelor e também os mercados das Américas do Norte e do Sul. A aquisição também adiciona capacidade de siderurgia primária e de laminação e acabamento às operações da empresa.
Foto: CSP
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