O desenvolvimento de materiais amigáveis ao meio ambiente está no radar do ramo de plásticos há muito tempo. Um dos campos de aplicação é a criação de produtos descartáveis que apresentem degradação rápida e menos nociva possível.
A cadeia produtiva dos plásticos passou a ser uma forte aliada de órgãos governamentais e da área da saúde na execução de campanhas de combate à disseminação da Covid-19, em situações como o fornecimento de recipientes, talheres e embalagens de uso único para a população, em detrimento de suas versões reutilizáveis, as quais podem proporcionar condições para a sobrevivência do novo vírus.
A Biopolix, startup parceira do Parque de Inovação e Tecnologia de Ribeirão Preto (Supera), desenvolveu uma resina biodegradável cuja formulação consiste em biopolímeros bacterianos e materiais orgânicos, isenta de solventes e/ou substâncias tóxicas similares. Ela é indicada para a fabricação de artigos descartáveis, podendo ser aplicada como matriz polimérica ou componente auxiliar em blendas. De acordo com informações da empresa, a obtenção dos grades a partir de biopolímeros bacterianos leva cerca de dez dias, e a decomposição total de produtos feitos a partir deles pode ocorrer em aproximadamente 180 dias.
Segundo a fundadora da startup, Luisa Vendruscolo, a resina estará disponível para comercialização nos próximos meses e o Instituto Senai de Inovação em Engenharia de Polímeros também participou do seu projeto. “A população se beneficiará com a chegada de um biomaterial totalmente biodegradável, sem necessidade de condições específicas para o seu descarte. Por ser formado por biopolímeros, sua decomposição no meio ambiente não é poluente”, concluiu.
A patente de desenvolvimento dos polímeros biodegradáveis foi concedida pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI).
Foto: Biopolix
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