A empresa chilena Copperprotek acaba de vencer o WorldStar Awards 2023, prêmio mundial do setor de embalagens, pelo desenvolvimento de masterbatches contendo micropartículas de cobre. Embalagens produzidas com o composto são capazes de prolongar o tempo de prateleira dos alimentos devido às propriedades antimicrobianas ativas de cobre, podendo prolongar em até 200% a validade de produtos de origem animal como carne fresca de porco, frango, carne bovina, embutidos, presuntos e queijos.

 

Os masterbatches contendo as micropartículas de cobre são fornecidos com base em polietileno (PE), polipropileno (PP), poliamida (PA), poli(tereftalato de etileno) (PET) e outras resinas, podendo ser adicionados na proporção de 10% a 15%, conforme o produto. A recomendação é que sejam adicionados à resina que será usada em filmes que vão compor a camada que ficará em contato com os alimentos, de modo que o cobre possa atuar diretamente sobre os microorganismos que se desenvolvem nos líquidos que eles exsudam.

 

Juan José Mac-Auliffe Bunster, gerente de marketing da Copperprotek, informou com o uso de embalagens seladas a vácuo (vacuum shrink) produzidas com o masterbatch no Chile foi observado um aumento do tempo de validade carnes frescas de 90 dias para 120 dias. “As micropartículas liberam íons de cobre que atuam diretamente no citoplasma das bactérias, destruindo o seu DNA ou RNA”, explicou resumidamente, como mostrado na figura abaixo:

 

 

Embalagens inteligentes

 

O fato de possuir sais de cobre em cinco diferentes estados faz com que os masterbatches atuem sob diferentes faixas de PH e de temperatura, tornando as embalagens “inteligentes”, tendo em vista que os íons são liberados na quantidade e no momento em que são mais necessários. Assim, propriedades organolépticas dos alimentos, tais como como odor, aparência, textura e sabor, permanecem inalteradas por mais tempo.

 

Os masterbatches da Copperprotek são seguros para uso em contato com alimentos e já são fornecidos nos mercados do Chile, México, Colômbia, Equador e Argentina. Está em fase final a sua aprovação pelo FDA (Food and Drug Administration, Administração Federal de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos) como um produto GRAS (Generally Recognized As Safe, ou Geralmente Reconhecido como Seguro), por se tratar de biotecnologia com base totalmente natural. No Brasil, a empresa já conta com o aval da Anvisa para comercializar sua resina para embalagens no País.

 

 

Sobre a empresa

A Copperprotek foi fundada por Raúl Molina e Javier Lavín (foto), ambos profissionais oriundos da indústria de mineração, onde descobriram o potencial do cobre para aplicações industriais. Após intenso processo de pesquisa, desenvolveram uma micropartícula de cobre, que patentearam nos Estados Unidos em 2018, com alta biodisponibilidade iônica, que gerava um efeito biocida constante e eficiente contra microrganismos presentes nos alimentos, prolongando a sua vida útil.

 

O fundador e gerente comercial Raúl Molina comenta que “os mesmos microrganismos que decompõem os alimentos são também os que afetam sua qualidade, alterando sua cor, cheiro e acidez. Ao reduzi-los, os alimentos manterão suas características organolépticas originais por mais tempo, reduzindo reclamações e devoluções”. E acrescenta: “Os benefícios da nossa tecnologia são muitos, dependendo de quem a utiliza. Por exemplo, as empresas de alimentos podem reduzir seu capital de giro, tornar as operações mais flexíveis, reduzir as perdas e minimizar as devoluções. Também ajudará a reduzir as reclamações sobre maus odores em carnes ou presença de fungos em queijos. Por sua vez, os varejistas poderão manter os produtos nas prateleiras por mais tempo, garantindo sua comercialização, enquanto o cliente final receberá um produto mais fresco e seguro”.

 

 

Fotos: Copperprotek

 

 

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#Copperprotek



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