Chegamos ao final de 2022 driblando os impasses inerentes à retomada do ritmo produtivo em meio às sequelas de uma pandemia que ainda repercute no cotidiano, sob a ameaça de guerra e de recessão mundiais. Este cenário impôs a todos a necessidade de trabalhar, pensar e agir sob maior pressão dos fatos, o que tem levado muitos indivíduos ao limite do esgotamento.

 

Realizar a pesquisa bianual do inventário do parque de máquinas para transformação de plásticos neste cenário foi um desafio. A sobrecarga imposta a todos os colaboradores das empresas de nossa base de dados pela avalanche de informações digitais a que todos estamos sujeitos era um obstáculo a ser considerado ao solicitarmos o preenchimento voluntário de um longo questionário que é base para a realização da pesquisa.

 

Consequentemente, o índice de respostas acabou sendo menor do que o verificado em edições anteriores da pesquisa, a ponto de questionarmos se valeria a pena tabular e publicar seus resultados. No entanto, o respeito por aqueles que dedicaram seu tempo a colaborar com nosso trabalho foi maior, e os dados apurados são sim, representativos da realidade do parque transformador de resinas plásticas no Brasil, como pode ser visto a partir da página 28.

 

Prosseguimos então com a tabulação, análise e publicação das informações em um relatório honesto, que pondera os dilemas da realização da pesquisa, mas também considera que esses não a invalidam. Outra decisão foi reduzir o detalhamento da análise e oferecer ao leitor um conjunto de dados originais, de modo que cada um construa suas conclusões com base também em outras fontes de informação, hoje tão abundantes.

 

Publicamos ainda nesta edição duas sondagens de mercado: uma sobre o segmento de masterbatches, pigmentos e corantes (página 26), a qual acompanha o guia da oferta desses produtos, com opiniões a respeito das tendências de cores para o próximo ano, a exemplo do que temos feito nos últimos finais de ano. A outra tem por base a pesquisa para o guia de transformadores por sopro (página 44), que lista as empresas do setor e identifica tendências como a adoção da tecnologia de manufatura aditiva no desenvolvimento de produtos, surpreendentemente presente na realidade de todas as empresas participantes do guia.

 

Seguimos, assim, em nossa proposta de transparência quanto aos dados obtidos para as nossas análises, e agradecemos sinceramente às empresas que respondem ao nosso chamado, contribuindo com informações que, por sua vez, retornam ao nosso público para que delas ele se sirva na tomada de decisões. E que elas sejam as melhores, as mais acertadas e garantidoras de um novo ano produtivo e próspero. Um feliz 2023!

 

Hellen C. O. Souza

Diretora de redação

hellen.souza@arandaeditora.com.br

 

Editorial

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