A Braskem assinou um acordo de cooperação com duas instituições de ensino e uma fabricante de catalisadores e aditivos voltados à indústria de refino de petróleo para viabilizar as próximas fases dos estudos sobre reciclagem química de plásticos pós-consumo e, consequentemente, promover soluções que fomentem a economia circular e o desenvolvimento sustentável.
O contrato foi firmado após a companhia participar de um processo seletivo aberto pelo Senai, por meio de edital público. Os investimentos nesta etapa da pesquisa estão estimados em R$ 2,7 milhões, entre recursos financeiros e humanos das instituições e empresas envolvidas. A parceria envolve o EngePol – Laboratório de Engenharia de Polímeros da COPPE/UFRJ (Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro) e o Senai CETIQT (por meio do Instituto Senai de Inovação em Biossintéticos e Fibras) – instituições de ensino que já possuiam parceria com a Braskem, além da Fábrica Carioca de Catalisadores (FCC S.A.).
Segundo informações da companhia, desde 2018 ela está empenhada nos esforços para aumentar a eficiência da tecnologia de pirólise, um processo que quebra as moléculas de um polímero por meio de aporte de calor, transformando-o novamente em matéria-prima que pode ser reinserida na cadeia produtiva do plástico. O objetivo do projeto é desenvolver catalisadores para melhorar a qualidade dos produtos gerados no processo de reciclagem química.
Esse projeto faz parte de uma série de iniciativas da empresa já citadas em outras notícias de Plástico Industrial para impulsionar o conceito de economia circular na cadeia de produção do plástico. Entre os pontos com os quais a companhia se compromete, estão o desenvolvimento de parcerias com os clientes na concepção de novos produtos para ampliar e facilitar a reciclagem e a reutilização de embalagens plásticas.
Para Gus Hutras, responsável pela área de tecnologia de processos da Braskem, “agora que contamos com um corpo de pesquisa ainda mais completo e acesso à tecnologia adequada, será possível ganhar agilidade para avançar no desenvolvimento de uma solução de reciclagem química viável técnica e economicamente. Esse projeto, que por enquanto é experimental, já demonstra grande potencial de impacto positivo”.
Fabiana Quiroga, responsável pela área de economia circular da Braskem na América do Sul, complementa citando a vantagem de investir na reciclagem química, tendo em vista que, a partir desse processo, o resíduo plástico descartado é processado e transformado em matéria-prima novamente, que por sua vez dará origem a novas resinas plásticas.
(Foto: Braskem)
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