Engajada na agenda da circularidade dos plásticos, a alemã Covestro prepara para a feira K uma exibição das tecnologias desenvolvidas recentemente para o mercado de reciclagem mecânica e química, áreas em qua a empresa tem hoje 20 projetos em andamento.
Entre os temas dos projetos anunciados durante a K Preview estão o design para a reciclagem, com o estudo de aspectos de projeto que favoreçam o reaproveitamento dos materiais ao final da vida do produto.
A reciclagem química, vista como o único meio de recuperação de determinados materiais, estará em foco, com destaque para o programa de reaproveitamento do poliuretano (PU) usado em colchões e em sistemas de isolamento (foto) e refrigeração, que já é de conhecimento do público do setor e foi batizado como Projeto Circular Foam, envolvendo hoje 22 parceiros industriais de nove países. Ele envolve a recuperação das duas matérias -primas utilizadas na produção do PU bicomponente: o poliol e uma amina usada como precursora do isocianato MDI.
Recentemente a empresa apresentou ao mercado brasileiro um colchão produzido em parceria com a Orbhes, fabricante local que utilizou material obtido a partir da tecnologia Triturn, da Covestro, a qual permite a reutilização do dióxido de carbono como matéria-prima para a produção de poliol. Com este poliol à base de CO2, chamado cardyon®, até 20% de matéria-prima fóssil pode ser substituída na produção.
Os poliuretanos termoplásticos (TPUs) também estão no escopo das propostas para a recuperação de materiais que serão expostas na feira Lonas de caminhão à base de TPUs da empresa, por exemplo, após reciclagem química, ganham vida nova em bolsas da marca suíça Feitag, que já prepara a produção em série de itens feitos com o material. Estes, ao final de sua vida útil, voltarão a se tornar lonas para caminhões. Já a parceria com a ReSlides (Estados Unidos) resultou em uma sandália de tiras feita de TPU e projetada para ser desmontada e reciclada.
A empresa revelou a criação de um portfólio de produtos identificados com o sufixo CQ, cuja característica será a “neutralidade climática”, ou seja, o seu desenvolvimento com a perspectiva de zero emissões de carbono durante a sua produção. Para alcançar este objetivo, a alemã vai lançar mão de todas as tecnologias de reciclagem química hoje disponíveis, incluindo pirólise, solvólise e quimiólise, todas baseadas na quebra das cadeias moleculares dos materiais para recomposição em novos produtos.
Foto: Covestro
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Firmar parceria com o SENAI e cooperativas de reciclagem é a estratégia da empresa que opera no Grande ABC. O objetivo é seguir aumentando o uso de polietileno de baixa densidade reciclado, proveniente de sobras de processos produtivos, na fabricação de embalagens como calços e plástico bolha.
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