São animadores os dados que resumem o desempenho do setor de máquinas e equipamentos em dezembro de 2020. Divulgado pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) em entrevista coletiva no final de janeiro, o levantamento apontou a receita líquida de 13,4 bilhões de reais, um crescimento de 36,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior. A receita do ano de 2020 totalizou R$ 144,5 bilhões, representando um aumento de 5,1%.

 

O bom desempenho se baseou principalmente nas vendas internas, aquecidas desde o início do segundo semestre de 2020, marcado por surpreendentes resultados positivos nos últimos meses do ano. Apenas em dezembro, a receita doméstica cresceu 50,9% em comparação com o mesmo período do ano anterior. O aumento acumulado no ano foi de 11%.

 

O consumo aparente, que resulta da soma das compras de máquinas nacionais e importadas, também avançou em 2020, crescendo 37,3% em dezembro, em relação ao mesmo período do ano anterior. Mesmo com as importações se recuperando, as vendas de máquinas nacionais foram determinantes para esse resultado, tendo em vista que elas representam 52,5% do consumo aparente, contra os 47,5% representados pelo maquinário importado.

 

Setores que tiveram aumento expressivo da demanda incluem os de equipamentos para fabricação de bens de consumo e máquinas agrícolas, puxado pelo bom momento do agronegócio. As vendas para este setor subiram 27% em relação a 2019, com expectativa de crescimento de mais 7% este ano sobre o resultado de 2020.

 

O setor também está empregando mais: fechou 2020 com326,5 mil postos de trabalho, ou seja, cerca de 24 mil a mais que o registrado em 2019.

 

 

Balança comercial

 

As exportações de máquinas e equipamentos também registraram a primeira alta desde a pandemia, registrando 0,9% a mais na comparação interanual, o que indica boas perspectivas para 2021. Se concretizadas, elas remediarão as fortes quedas ocorridas no comércio exterior em 2020: as exportações da indústria de máquinas para transformação sofreram retração de 22,2%, enquanto as de máquinas para petróleo e energias renováveis caíram 37,2%

 

As importações de maquinário, que entre os meses de janeiro e dezembro de 2020 caíram 5,7%, voltaram a subir em dezembro na comparação interanual, registrando 11,9% a mais do que o mesmo mês do ano anterior. De acordo com  o presidente executivo da Abimaq, José Velloso Dias Cardoso, os números sinalizam uma perspectiva de crescimento sustentável em 2021, com a normalização das compras em diferentes setores à medida que o Brasil e os demais países com os quais temos relações comerciais avançarem em direção à imunização das suas populações, favorecendo a retomada consistente de todas as atividades econômicas.

 

Velloso ressaltou ainda a urgência de conclusão da reforma tributária para estimular as atividades econômicas, lembrando que elas são determinantes para o aumento do volume de investimentos no País, que hoje está entre 15 e 16% do Produto Interno Bruto (PIB). “É preciso que este índice fique entre 20 e 25%”, informou. A realização dos leilões para execução de obras em parceria público-privada (PPPs), o financiamento para pequenas e médias empresas, o estabelecimento de plena confiança jurídica e algumas privatizações também fariam parte, segundo ele, de um programa eficaz de estímulo aos investimentos.

 

 

Foto:Abimaq

#Abimaq #Máquinaseequipamentos

 

 

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