A Blue Air, de origem austríaca, está fabricando em sua unidade brasileira (Sorocaba, SP) linhas de equipamentos para secagem de resinas plásticas por ar comprimido. A empresa lançou durante a feira Plástico Brasil, uma linha de desumidificadores (foto) desenvolvida especialmente para resinas higroscópicas, tais como o poli(tereftalato de etileno) (PET), que podem utilizar o ar-comprimido residual do processo de sopro.
Edwin Wachter, diretor geral da Blue Air Systems Brasil, explicou que o desumidificador RDL funciona tanto com o ar fornecido por compressores (na secagem de resina a ser usada em máquinas injetoras) quanto conectado ao sistema de exaustão de máquinas de injeção-sopro (injection blow), aproveitando o ar residual do processo.
Os sistemas desenvolvidos pela Blue Air não utilizam sílica e nem água na secagem dos grânulos. Isso, de acordo com o executivo, pode proporcionar grande economia de energia elétrica, em termos de manutenção e consumo de sílica, além de poupar gastos associados ao uso de chillers. Em comparação com processos de secagem usando sílica, a economia desses recursos pode chegar a 60%, de acordo com o entrevistado. No caso do uso de ar residual das sopradoras, pode chegar a 85%.
O sistema RDL é aplicável a todo tipo de resina, operando com ar sob temperatura de secagem de até 180°C e com ponto de orvalho baixo e constante (até -68°C), que é como ele sai do processo de sopro, mesmo sob diferentes condições meteorológicas. Também é capaz de recuperar o calor do processo, que é usado para pré-aquecer a resina a ser moldada.
Refrigeração interna para frascos e bombonas
A Blue Air também desenvolveu uma unidade de refrigeração de ar comprimido (CAC) para o resfriamento de produtos moldados por extrusão-sopro, tais como frascos e bombonas em polipropileno (PP) e polietileno (PE). O sistema utiliza ar comprimido a -35°C no próprio sopro dos frascos, removendo o calor do interior do recipiente. Desta forma, o calor é removido uniformemente tanto da superfície interna como externa, evitando submeter o material a stress térmico. Edwin Wachter explicou que os principais ganhos da adoção da técnica são a redução dos tempos de ciclo de moldagem e a melhor qualidade dos produtos. “No caso de uma bombona de 60 litros, por exemplo, o tempo de moldagem e resfriamento pode cair de 1 minuto para 40 segundos, e esse ganho pode ser maior à medida que aumenta o volume e a espessura de parede dos itens moldados. O CAC é adaptável para praticamente qualquer sopradora EBM”.
O vídeo a seguir mostra o funcionamento do CAC:
Foto: Blue Air
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