Por Luiz Henrique Caveagna*
 

Alternativas que corroboram para um consumo mais consciente de energia e redução de impactos ambientais têm conquistado cada vez mais espaço, globalmente. Diante disso, o mercado de energia solar vem ganhando novos adeptos, por tratar-se de uma fonte limpa e renovável.

 

Neste contexto, outros segmentos têm apoiado o desenvolvimento do setor fotovoltaico, como é o caso do ramo metalúrgico. E, com as diversas possibilidades de aplicação do alumínio, é possível oferecer benefícios estratégicos a este mercado.


O uso de alumínio no ramo de energia fotovoltaica é tema abordado por executivo da área de metais

Atualmente, o Brasil ocupa a quarta posição entre os países que mais cresceram em 2021 no que diz respeito à capacidade de gerar energia fotovoltaica, com novos 5,7 GW no último ano, de acordo com apuração realizada pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a partir de dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena).

 

Segundo a Absolar, hoje o Brasil conta com 15 GW na fonte solar, R$ 78,5 bilhões de investimentos acumulados e mais de 450 mil empregos gerados desde 2012. Tais números ajudaram a evitar a emissão de 20,8 milhões de toneladas de CO2 na produção de eletricidade.
 

 

Possíveis aplicações do alumínio
 

O segmento de energia fotovoltaica engloba dois meios principais: o de energia centralizada, que agrega as grandes usinas e/ou fazendas solares, e o de energia distribuída, que se refere aos sistemas residenciais e de pequenas e médias empresas, que contam com placas solares nos telhados. Nessas instalações, o alumínio aparece na fabricação dos perfis empregados nos painéis solares, em forma de esquadrias ou perfis tubulares.
 

Vale destacar que, com o crescimento de novos projetos voltados para o setor, surge a necessidade de uma constante modernização e revitalização nas linhas de transmissão e distribuição de energia. Para ajudar tal sistema funcionar, essas linhas são, em sua grande maioria, constituídas por cabos de alumínio, que representam um volume considerável do consumo.
 

As vantagens proporcionadas pelo uso deste metal como menor custo, leveza, boa adaptabilidade térmica e resistência mecânica também são fundamentais para projetos de sistemas para o armazenamento de energia proveniente do Sol. Além disso, o alumínio apresenta um efeito decorativo e ainda contém uma excelente condutividade elétrica, no caso das redes de transmissão e distribuição.
 

 

Impactos sustentáveis do uso de alumínio no setor
 

O investimento em energias renováveis, como a solar, é uma pauta cada vez mais emergente no que diz respeito às agendas sustentáveis e de proteção ao meio ambiente. Além da luz solar, há outras energias com imensa disponibilidade como a eólica e a offshore, que podem ser obtidas a partir do vento e das marés, respectivamente.
 

Neste cenário, o alumínio soma-se a essas alternativas, principalmente quando se é produzido nacionalmente, que é obtido com um grau considerável de energia limpa, por meio do uso das hidrelétricas. O metal apresenta ainda alto índice de reciclagem, o que beneficia os aspectos sustentáveis das duas indústrias.
 

O fato é que o mercado de energia fotovoltaica tem um espaço promissor no Brasil. O País tem apostado no uso mais intensivo de tecnologias para este meio e tem fácil acesso a, praticamente, todas as fontes de energia renováveis. Dessa forma, é preciso seguir investindo na instalação deste serviço, para garantir mais ganhos sustentáveis e a diminuição do consumo energético.

 

E, neste aspecto, o alumínio pode ser um grande aliado por apresentar um preço mais acessível se comparado a outros metais, e ser infinitamente reciclável, o que resultaria em maior economia e forte crescimento para ambos os segmentos.


 

Luiz Henrique Caveagna é diretor-geral da Termomecanica


 

Imagem: Termomecanica



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