Por Denis Pineda*

 

Diante de um mercado cada vez mais competitivo, as empresas estão adotando soluções inovadoras para tornar os seus processos mais ágeis. Por isso, os robôs colaborativos estão conquistando cada vez mais espaço na indústria. Isso porque eles proporcionam vantagens significativas para as empresas que desejam automatizar suas atividades.

 

Por meio deles, as fábricas conseguem resolver problemas de ergonomia, produtividade, qualidade de produto e segurança, além de agilizar processos repetitivos e monótonos, tornando-os menos complexos e mais sustentáveis.

 

Robôs no chão de fábrica: como implantar esse tipo de tecnologia

Mas, para que as empresas tenham resultados satisfatórios, é necessário ter uma estratégia muito bem definida, saber como ela será implementada e quais os objetivos a serem alcançados. Depois que todos esses fatores forem considerados, é preciso saber como implementar um robô em uma fábrica. Por isso, são listadas a seguir algumas dicas para ajudar os diversos setores da indústria.

 

 

 

1 - O que você gostaria de automatizar?

 

Os cobots, ou robôs colaborativos, são indicados para automatizar tarefas repetitivas, comumente desempenhadas por mão de obra humana. O objetivo de sua implantação é garantir que os profissionais não se lesionem em operações que comprometem a ergonomia do trabalho. Além disso, os cobots representam ganho em produtividade, pois podem trabalhar sem interrupção e também garantem a qualidade dos produtos.

 

Para começar a implementar a robótica colaborativa é necessário definir quais tarefas podem ser automatizadas. Comece com o projeto mais simples e econômico, em que mudanças mínimas precisam ser feitas na linha de produção. Dessa forma será mais fácil treinar seus profissionais para operar as máquinas, até que estejam aptos a programarem tarefas mais complexas para os robôs.

 

 

2 - O que precisa ser revisto?

 

O uso de cobots ou qualquer outra ferramenta de automação implica em fazer ajustes ao seu redor, seja de segurança ou layout, para que os robôs consigam desempenhar a função que lhes foi designada.

 

Muitas vezes, os fabricantes precisam fazer alterações nos componentes mecânicos ao redor do robô, para que os produtos a serem manipulados pelo cobot cheguem em posição apropriada. Portanto, é importante decidir se essas mudanças precisarão ser realmente feitas no processo de produção.

 

Vale destacar que, se o colaborador estiver preparado para incorrer em custos adicionais após o investimento inicial, receberá benefícios no longo prazo. Por isso, é preciso desenvolver uma equipe interna por meio de treinamentos ou contratar solução turn-key de algum parceiro integrador de sistemas certificado pela Universal Robots.

 

 

3 - Espaço físico disponível

 

O chão de fábrica tem espaço disponível para a implantação de tecnologias de automação? Os cobots são flexíveis quanto à opção de deslocamento simples. Dessa forma, a robótica colaborativa é uma solução compacta. Isso porque é possível desenvolver células com até 1,5 m² que podem ser móveis/portáteis, por exemplo.

 

 

4- Capital disponível para investimento

 

Discute-se muito no Brasil o retorno sobre o investimento baseado somente no custo da mão de obra direta. Pesquisas realizadas na Espanha e Estados Unidos provam que empresas que investem em robótica têm maior crescimento no longo prazo, o que mostra que não há somente ganhos diretos, mas também enormes ganhos indiretos através da resolução de problemas como ergonomia, qualidade e aumento de eficácia de processo.

 

Se forem comparados com outras ferramentas de automação que existem no mercado, os cobots têm vantagens muito relevantes, especialmente quando a flexibilidade é uma das exigências. Nesse caso, a arquitetura de automação é mais simples, menos horas de engenharia são necessárias e o TCO (Total Cost of Ownership, ou o custo total da posse do bem) de um cobot é inferior em comparação com outras soluções ou robôs convencionais. Além disso, atualmente há diversas possibilidades de realizar financiamentos a partir de recursos do BNDEs, FAPESP, FINEP e FAPERGS.

 

Por isso, eles têm se tornado cada vez mais essenciais, principalmente porque permitem a criação e o desenvolvimento de um negócio sustentável. Além disso, eles tornam a produção mais ágil e possibilitam a obtenção de um produto de alta qualidade. Com os cobots é possível colher os frutos do investimento a curto e longo prazo, agregando valor ao seu processo industrial.

 

 

*Denis Pineda é gerente regional da Universal Robots na América Latina, empresa dinamarquesa que atua na produção de braços robóticos industriais colaborativos.

 

 

Imagem: Pixabay

 



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