A demanda por módulos solares fotovoltaicos no mercado brasileiro mais do que dobrou em 2021 em relação ao ano anterior, quando foram importados 4,77 GW. A conclusão é do Estudo Estratégico Geração Distribuída – Mercado Fotovoltaico, da consultoria Greener, que identificou demanda de 9,75 GW em módulos voltados para atender projetos de geração distribuída e centralizada no País, registrando acréscimo de 104% sobre 2020.

A marca tem ainda mais relevância ao se contextualizar o desempenho brasileiro no cenário global. O volume de 9,75 GW equivale a 5,6% da demanda mundial por módulos FV em 2021, que foi de 172,6 GW, segundo dados da PV Infolink. Para se ter uma ideia do que representa a participação atual, em 2017 a demanda nacional equivalia a apenas 0,9% do total.

Outra conclusão do estudo da Greener aponta que os preços dos sistemas fotovoltaicos tiveram elevação média de 8%. O aumento foi considerado baixo, tendo em vista os significativos aumentos nos preços das matérias-primas principais, como aço, alumínio e cobre, mas sobretudo por conta do custo do polissilício, que registrou alta de 200% em 2021. Na análise da consultoria, a entrada de novos competidores no mercado e a alta competitividade atenuaram a tendência de aumento nos preços praticados para o consumidor final.

O estudo também aponta um cenário favorável para a fonte em 2022, já que houve forte aceleração na demanda de módulos FV no quarto trimestre de 2021, com 3,1 GW, contra 1,7 GW do trimestre anterior. Além disso, o cenário local deve continuar a ser beneficiado pela tendência de elevação das tarifas de energia elétrica, que estimulam a autogeração em sistemas de geração distribuída, e pela aprovação do marco legal de GD, a Lei 14.300/2022, que trouxe segurança jurídica para os investimentos.

O cenário de alta nos projetos de GD, aliás, já se refletiram pelos números de 2021, que fechou com 803,9 mil instalações fotovoltaicas e pouco mais de 1 milhão de unidades consumidoras recebedoras de créditos de compensação. Trata-se de um crescimento de 100% nas instalações e de 98,9% em unidades consumidoras em relação a dezembro de 2020, quando havia 401,8 mil micro e miniusinas instaladas e 509 mil consumidores recebendo créditos.



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