A Austrália vai implantar na região sudoeste do país o que deve ser o maior hub de energia verde do mundo. Com um total de 50 GW em usinas híbridas solares-eólicas, o megacomplexo faz parte do projeto de hidrogênio WGEH - Western Green Energy Hub, que tem a meta de produzir até 3,5 milhões de toneladas do combustível verde ou 20 milhões de t de amônia verde (o H2 na forma líquida, em processo que inclui reação com o nitrogênio) para consumo interno e para exportação.

O projeto das usinas híbridas será implantado por um consórcio internacional que envolve as empresas InterContinental Energy, CWP Global e Mirning Green Energy. Construídas em fases, as instalações ocuparão uma área de 15 mil km2 ao longo da Austrália ocidental, através do Condado de Dundas e da cidade de Kalgoorlie-Boulder (veja mapa). Ocupará terras originais de povos aborígenes (Mirning), cuja comunidade terá participação acionária no projeto.

A região escolhida fornece um perfil diurno ideal para energia renovável, com níveis consistentemente altos de energia eólica e solar ao longo das 24 horas. A meta é ter a produção do hidrogênio ou da amônia verde (a depender das negociações futuras) em sua plena capacidade até o fim da década, para aproveitar a prevista demanda em alta em vários países europeus e asiáticos. A previsão é que esse mercado global atinja US$ 2,5 trilhões até 2050, puxado pelo uso em geração de energia, mobilidade urbana, no setor marítimo, indústria siderúrgica, química e de mineração e também no setor de aviação.



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