A GNA, a SUNfarming e a Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) firmaram parceria para implantar usina agrivoltaica. O projeto, que contará com investimentos de cerca de R$ 15 milhões, será viabilizado pelo Decreto de Compensação Energética, elaborado pela Secretaria de Estado de Energia e Economia do Mar (Seenemar), do governo fluminense.
O empreendimento será instalado na Escola Técnica Agrícola Antônio Sarlo, em Campos dos Goytacazes (RJ), onde permitirá a produção simultânea de até 1,5 MW de energia solar e o cultivo agrícola em uma mesma área. Além de alcançar a autossuficiência energética, a unidade contará com um centro de treinamento e pesquisa, com cooperação entre instituições brasileiras e alemãs, oferecendo capacitação em técnicas agrícolas, eletricidade e instalação de painéis solares para as comunidades locais.
O conceito agrifotovoltaico combina geração de energia e agricultura no mesmo espaço. Módulos solares especiais, que permitem a passagem parcial da luz, são instalados sobre as plantações. Essa configuração ajuda ainda a distribuir melhor a água da chuva e controlar a exposição solar, tornando o ambiente mais eficiente para o crescimento das culturas.
Segundo o secretário de Estado de Energia e Economia do Mar do RJ, Cássio Coelho, o projeto marca um avanço na integração entre energia e sustentabilidade. “Essa usina é um marco, porque une energia limpa, produção agrícola e formação profissional, mostrando como é possível gerar desenvolvimento sustentável com responsabilidade”, afirmou.
A SUNfarming, parceira no projeto, tem mais de uma década de experiência em usinas agrivoltaicas, com 680 MWp construídos em diversos países. Desde 2021, a empresa atua no Brasil com foco nesse modelo, que promove segurança alimentar, geração de empregos e capacitação técnica por meio dos conceitos Agri-Solar e Food & Energy.
Já a GNA, joint venture formada por bp, Siemens Energy, SPIC Brasil e Prumo Logística, é responsável pelo maior parque termelétrico a gás natural da América Latina, localizado no Porto do Açu, no Rio de Janeiro.
Segundo comunicado, a Seenemar avalia que a usina servirá como modelo para futuros empreendimentos híbridos no estado, integrando geração distribuída, agricultura sustentável e qualificação profissional — pilares considerados estratégicos para a economia fluminense.
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