O preço médio da energia solar residencial no Brasil caiu 3% no segundo trimestre de 2025, segundo o Radar Solar, indicador trimestral da Solfácil. A pesquisa monitora a variação de preços no setor com base em pedidos de financiamento entre abril e junho. No período, o valor nacional por Watt-pico (R$/Wp), unidade usada para medir o custo da potência instalada, ficou em R$ 2,51.
Apesar da elevação no preço dos equipamentos, provocada pela nova taxa de exportação sobre módulos solares na China, os sistemas ficaram mais baratos para o consumidor final. De acordo com a Solfácil, essa redução foi possível graças à compressão nas margens dos integradores, que buscaram manter competitividade no mercado, e à queda no preço do polissilício, insumo fundamental na produção dos módulos fotovoltaicos.
A Região Centro-Oeste se manteve como a mais econômica para instalação de sistemas solares, com preço médio de R$ 2,40/Wp. Em seguida, aparecem o Nordeste (R$ 2,45/Wp), Sul (R$ 2,50/Wp) e Sudeste (R$ 2,52/Wp), única região a registrar alta no trimestre, de 1%. Já o Norte segue como a mais cara, com média de R$ 2,68/Wp, influenciada principalmente pelos custos no estado do Pará.
O levantamento identificou os dez estados com os preços mais baixos para instalação de sistemas residenciais. O Acre lidera a lista com média de R$ 2,24/Wp, seguido por Alagoas (R$ 2,27/Wp), Amazonas (R$ 2,31/Wp), Goiás (R$ 2,34/Wp) e Roraima (R$ 2,36/Wp). Também se destacam Piauí, Pará, Ceará, Maranhão e Distrito Federal, todos abaixo da média nacional.
A redução no custo final representa um estímulo adicional para consumidores que desejam gerar sua própria energia, embora pressione a rentabilidade das empresas integradoras. Segundo o estudo, os sistemas fotovoltaicos seguem com retorno acelerado no Brasil, com pay-back inferior a três anos, mantendo o País entre os mais atrativos para esse tipo de investimento.
O Radar Solar é elaborado com base em dados reais de propostas financiadas pela Solfácil, que atua como plataforma de crédito e soluções para energia solar distribuída. A edição do segundo trimestre reafirma a tendência de queda nos preços, mesmo diante de oscilações no cenário internacional de fornecimento e custo de insumos.
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