O aeroporto “Leonardo da Vinci” em Fiumicino, Roma, inaugurou na semana passada um sistema de armazenamento de energia em baterias (BESS, de battery energy storage system) de 2,5 MW/10 MWh construído com baterias automotivas de segunda vida, ou seja, baterias que alcançaram final de vida útil para aplicações em automóveis elétricos mas permanecem utilizáveis em bancos de armazenamento de energia.
No âmbito do chamado projeto “Pioneer”, coordenado pela administradora do aeroporto ADR (Aeroporti di Roma), o BESS foi desenvolvido em conjunto pelo instituto de pesquisa Fraunhofer Itália, a Enel X e a integradora Loccioni. O sistema fornece armazenamento da energia gerada pela grande planta fotovoltaica de 22 MWp inaugurada no início deste ano pela ADR. A energia armazenada cobrirá o pico de demanda noturno, além de fornecer serviços de flexibilidade à rede.
O BESS é alimentado por 762 módulos de baterias fornecidas pela Nissan, Mercedes-Benz e Stellantis (dona de Alfa Romeo, Chrysler, Citroën, Dodge, Fiat, Peugeot e mais outras nove marcas) à integradora Loccioni, responsável por harmonizá-las no BESS da Enel. A Stellantis forneceu 78 baterias de segunda vida, cada uma com capacidade de 50 kWh de energia armazenada, totalizando 3,9 MWh. A Nissan forneceu 84 baterias de segunda vida do Nissan LEAF, de 30 e 40 kWh, totalizando 2,1 MWh de armazenamento de energia. Em comunicado, a Nissan informou que as baterias fornecidas, provenientes de veículos com alta quilometragem e devoluções em garantia, “foram cuidadosamente requalificadas para atender rigorosos padrões de segurança e desempenho”. A empresa prevê que as baterias de segunda vida permanecerão operacionais por mais de 6 a 7 anos no aeroporto, mesmo com uso diário.
Como outros sistemas de armazenamento estacionário com baterias automotivas de segunda vida, o sistema ― conforme descrito pelo aeroporto italiano ― "dá nova vida a baterias que agora são inutilizáveis no setor automotivo, mas permanecem altamente valiosas para aplicações estacionárias".
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