O relatório “Global Market Outlook For Solar Power 2025 – 2029” elaborado pela SolarPower Europe e divulgado esta semana na Intersolar Europe, em Munique, na Alemanha, mostra que o Brasil figurou como o quarto maior mercado mundial de energia solar no último ano, ficando atrás apenas da China, Estados Unidos e Índia. O Brasil adicionou em 2024 18,9 GW de potência de pico da fonte solar FV, o que representou cerca de 3% de todo o mercado mundial no período. Trata-se de um novo recorde para a tecnologia fotovoltaica no País: a fonte possui agora 56 GW em operação, que representam 22,5% de toda a capacidade instalada no Brasil. Os dados consideram a soma das grandes usinas solares e dos sistemas de geração distribuída, de pequeno e médio portes,
Apesar do recorde em volume instalado, o crescimento da fonte no País se deu em ritmo menor do que nos anos anteriores. O Brasil saiu de 15,6 GW adicionados em 2023 para os 18,9 GW em 2024, ou seja, um crescimento de 21%, ao passo que os percentuais de aumento foram de 60% em 2021, 81% em 2022 e 50% em 2023. Segundo a Absolar, que participou da elaboração do relatório, 2024 foi um ano de grandes desafios enfrentados pelo setor, como os cortes de geração renovável sem o devido ressarcimento aos empreendedores prejudicados e os obstáculos de conexão de pequenos sistemas de geração própria solar, entre outros.
O estudo da SolarPower Europe está padronizado para a unidade de potência pico (GWp) e não para potência nominal instalada (GWca), que é o modelo mais utilizado nos dados divulgados publicamente pelos órgãos oficiais brasileiros. Segundo balanço da Absolar, no ano passado foram adicionados cerca de 15,2 GWca da fonte solar, que representam os 18,9 GWp descritos no relatório da entidade europeia. Em 2024, os investimentos na tecnologia totalizaram R$ 53,7 bilhões no Brasil, com a geração de mais de 457,7 mil empregos.
Mais Notícias FOTOVOLT
Crescimento projetado pela SolarPower Europe é de 10%, mais lento do que os dois anos anteriores.
09/05/2025
Representantes de distribuidoras e geradores divergem sobre as alegações para negar conexões de GD.
09/05/2025
Apesar de ter movimentado R$ 14,5 bilhões, expectativa para 2025 é afetada por preços baixos de energia e pelo curtailment, aponta estudo da Greener.
09/05/2025