O Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) e a TotalEnergies, empresa de energia integrada (óleo, gás e renováveis), inauguraram nesta segunda-feira, 14, uma usina fotovoltaica piloto para realizar estudos sobre o impacto de eventos extremos na geração de energia solar. Com investimentos de R$ 5,4 milhões e o envolvimento de 17 pesquisadores, o projeto de pesquisa & desenvolvimento é financiado através da cláusula da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que tem por objetivo promover o desenvolvimento de pesquisa e novas tecnologias para o setor.

Instalada no Hub de Inovação e Tecnologia do Senai-RN, em Natal, complexo que sedia o ISI-ER, a usina tem 380 módulos monofaciais e bifaciais, com diferentes tecnologias de células fotovoltaicas (para análises comparativas), instalados em uma área de 4,4 mil metros quadrados e somando capacidade 200 kWp. A estrutura de fixação e os tipos de inversores também variam, para permitir avaliação sobre eficiência e adaptação de cada configuração e análises detalhadas do comportamento dos sistemas de conversão de energia.

Um dos fenômenos que serão investigados na usina-piloto, a sobreirradiância ou irradiância extrema, tem afetado grandes usinas de geração em todo o País, causando danos aos equipamentos por superaquecimento. O fenômeno ocorre quando, após a passagem de nuvens, os raios solares se concentram em uma área específica da usina fotovoltaica, gerando pontos quentes danosos. 

O projeto pretende responder a questões sobre a frequência do evento, em que época do ano é mais comum e que consequências traz ao setor. Para tanto, conta também com uma estação meteorológica de última geração e um laboratório de ensaios normatizados. A estação é equipada com sensores de medição e instrumentos para monitoramento da irradiância solar, temperatura, distribuição espectral e caracterização das nuvens. “A usina piloto está completamente configurada para trazer informações a respeito [da sobreirradiância]”, disse em comunicado a pesquisadora líder do Laboratório de Energia Solar do ISI-ER e coordenadora do projeto, Samira Azevedo.

Desde 2018 o Senai vem desenvolvendo estudos que identificam a sobreirradiância no Rio Grande do Norte, mas é a primeira vez que a instituição terá uma linha de pesquisa específica e um laboratório construído e dedicado para estudar esse fenômeno. A infraestrutura está em fase final de execução para início da operação. A energia gerada vai abastecer os principais laboratórios do ISI-ER, contribuindo para a redução de custos operacionais e a sustentabilidade das atividades de pesquisa.



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