O instituto de pesquisas alemão Fraunhofer ISE está desenvolvendo uma linha de módulos fotovoltaicos coloridos por meio de um vidro protetivo inovador. A tecnologia — apresentada pela primeira vez na versão online da feira alemã de arquitetura BAU em 20 e 21 de janeiro deste ano — foi inspirada pelo fenômeno que causa os tons cintilantes de azul ou verde das asas de uma determinada borboleta.
A inovação dos pesquisadores não foi pelo caminho aparentemente mais fácil de colorir os vidros dos painéis com pigmentos, o que degradaria a eficiência dos módulos já que a luz teria mais obstáculos para penetrar. A rota escolhida foi biotecnológica: baseou-se na observação do efeito óptico ocorrido nas asas brilhantes e iridescentes da borboleta azul Morpho, nativa da América Central e do Sul.
Segundo comunicado do instituto, a asas desses insetos têm textura superficial extremamente fina que reflete uma faixa estreita de comprimentos de onda específicos, que representam cada uma delas cores diversas.
Para mimetizar o fenômeno, foi aplicada, com processo a vácuo, uma textura de superfície e um revestimento semelhantes aos das asas da borboleta na parte de trás do vidro de proteção dos módulos FV. Dependendo da configuração do revestimento, a cobertura de vidro pode ser feita para tom de azul, verde ou vermelho nítido. De acordo com um dos pesquisadores envolvidos no desenvolvimento, Thomas Kroyer, cerca de 93% da luz pode penetrar na camada revestida, com apenas 7% sendo refletida para causar o efeito da cor.
O vidro protetor revestido, batizado de MorphoColour, pode ser laminado para formar módulos ou mesmo usado em um coletor solar de aquecimento. Esta última opção permitirá em breve, segundo o instituto, que sejam produzidos módulos fotovoltaicos e coletores da mesma cor, para serem montados quase invisivelmente um ao lado do outro em fachadas ou telhados.
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