A Ascent Solar Technologies, dos Estados Unidos, firmou acordo de colaboração com a agência espacial norte-americana, a Nasa, para desenvolver tecnologias fotovoltaicas de película fina capazes de receber energia irradiada em ambientes espaciais. A parceria será conduzida com o Centro de Voos Espaciais Marshall e contará com apoio técnico do Centro de Pesquisa Glenn, ambos da agência.

O projeto, que integra o programa Collaborative Agreement Notice (CAN), visa amadurecer comercialmente módulos solares leves e flexíveis à base de CIGS (sigla para cobre-índio-gálio-selênio). A proposta é ampliar a capacidade desses módulos de converter feixes de luz de alta densidade em energia utilizável, superando em até dez vezes a captação solar convencional.

Os testes buscam reduzir massa e volume dos sistemas de energia das espaçonaves, abrindo espaço para cargas úteis mais relevantes em missões como a Artemis e os serviços comerciais de carga lunar (CLPS). Segundo comunicado da Ascent, isso pode representar economias significativas em missões de pouso, cujo custo logístico por quilograma entregue à superfície lunar é estimado em valores de até sete dígitos.

A tecnologia da Ascent já havia demonstrado resultados positivos em testes de bancada realizados em 2024. Com duração prevista de 12 meses, a nova fase pretende elevar o desempenho e a durabilidade dos módulos em condições espaciais adversas.

O acordo também contribui para enfrentar desafios técnicos da exploração de regiões permanentemente sombreadas na Lua, onde se acredita haver altas concentrações de água. A capacidade de operar durante a noite lunar e acessar remotamente áreas científicas sensíveis é vista como diferencial estratégico.

“Esta colaboração reforça nossa convicção de que a película fina terá papel essencial em ambientes espaciais extremos”, afirmou o CEO da Ascent, Paul Warley. Segundo ele, o trabalho com a Nasa deve acelerar o lançamento de produtos mais eficientes e acessíveis para futuras missões.

A parceria faz parte dos esforços da agência para otimizar custos e ampliar resultados por meio da integração com o setor privado. Com 55 países signatários dos Acordos de Artemis, a redução de recursos necessários para infraestrutura lunar é considerada chave para viabilizar colaborações internacionais.



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