Entrou em operação no dia 28 de julho a UTE GNA II, no Porto do Açu (RJ), considerada a maior usina termelétrica a gás natural do Brasil. Com capacidade instalada de 1,7 GW, a planta pode atender o consumo de aproximadamente 8 milhões de residências e deve reforçar a segurança elétrica nas regiões Sudeste e Sul do país.

O empreendimento demandou R$ 7 bilhões em investimentos, dos quais R$ 3,9 bilhões foram financiados pelo BNDES. A usina está enquadrada no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) e integra o Complexo GNA, que, somado à já operacional GNA I, alcança 3 GW de capacidade, tornando-se o maior polo termelétrico a gás natural da América Latina.

A GNA II opera em ciclo combinado, com três turbinas a gás e uma a vapor, atingindo eficiência energética de 62%. A planta foi projetada para utilizar até 50% de hidrogênio em sua matriz de combustível, o que amplia sua compatibilidade com a transição energética planejada para o setor elétrico brasileiro.

A usina está conectada ao terminal de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL) do Porto do Açu, o que garante flexibilidade operacional e acesso direto às importações de GNL. O projeto é considerado estratégico para o Sistema Interligado Nacional (SIN), sobretudo para os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo.

A UTE GNA II tem sua propriedade vinculada à joint venture Gás Natural Açu (GNA) — controlada pelas empresas Prumo Logística, BP, Siemens Energy e SPIC Brasil, sob coordenação do fundo EIG Global Energy Partners. Durante a inauguração, estiveram presentes o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Durante o evento, foi assinada também carta de intenções entre o MME e a GNA para desenvolvimento de novos projetos em energia e gás natural, com potencial de atrair até R$ 20 bilhões.



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