A Vestas, fabricante dinamarquesa de aerogeradores, e o Senai - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial lançaram uma nova etapa do Programa Nacional de Formação Técnica em Eletromecânica, com início de atividades no município de Ourolândia, na Bahia. A iniciativa visa capacitar gratuitamente profissionais para atuação direta em parques eólicos no estado e em outras regiões do Nordeste.

Fruto de uma parceria inédita, o curso será ministrado por educadores do Senai Bahia e terá carga horária total de 1.200 horas. A formação une teoria e prática com foco na operação e manutenção de aerogeradores e sistemas eólicos de grande porte, utilizando infraestrutura da Casa dos Ventos e da ArcelorMittal.

A primeira turma contará com 30 jovens de 18 a 21 anos, com ensino médio completo ou em andamento. Futuramente, o programa será ampliado para incluir adultos acima de 25 anos, como parte de uma estratégia de atualização profissional.

Segundo Maycon de Souza Silva, responsável pela academia técnica da Vestas, a formação na Bahia atende à crescente demanda por mão de obra qualificada no setor eólico, em forte expansão na região. A escolha de Ourolândia reflete o potencial da Bahia na matriz eólica nacional.

A ação também reforça o papel do Senai como referência em educação profissional voltada às energias renováveis na América Latina. De acordo com Aline Dias, gerente regional do Senai, a parceria contribui para a inclusão social ao qualificar mão de obra local em uma área técnica com alta demanda.

Atualmente, a Vestas já conduz uma turma semelhante no Rio Grande do Norte, com 70 alunos em formação. A expectativa é que o programa se consolide como uma rede nacional de capacitação voltada ao fortalecimento da cadeia produtiva da energia eólica.

Nos últimos dois anos, outras iniciativas conjuntas entre Vestas e Senai formaram quase 200 pessoas em situação de vulnerabilidade em comunidades próximas a parques eólicos, ampliando o acesso a oportunidades no setor.

Segundo dados da Irena, o Brasil é o segundo maior gerador de empregos em energia no mundo. Até 2030, o setor de renováveis poderá criar mais de 38 milhões de novos empregos globalmente, reforçando o papel da transição energética na geração de trabalho qualificado.



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