A Tigre e a Statkraft firmaram parceria para autoprodução de energia elétrica destinada ao atendimento de 70% do consumo das operações da Tigre no Brasil. O fornecimento terá início em julho de 2025 e será realizado por meio do parque eólico Serra da Mangabeira, localizado em Uibaí, BA, com contrato de 15 anos e meio, estimado em mais de R$ 300 milhões.

O acordo prevê a entrega de 11,5 MW médios anuais na modalidade de autoprodução por equiparação. O parque Serra da Mangabeira, que integra o Complexo Eólico Ventos de Santa Eugênia, tem 79,8 MW de capacidade instalada e garantia física de 34,3 MW médios. A energia será direcionada às unidades fabris da Tigre no Brasil.

A decisão pelo modelo eólico considerou a previsibilidade e o custo competitivo da fonte, além de seu impacto na redução de emissões. De acordo com a Agência Internacional de Energia Renovável (Irena), a energia eólica onshore está entre as fontes mais acessíveis de geração elétrica no mundo.

Segundo a Tigre, a iniciativa permitirá reduzir em até 70% as emissões de gases de efeito estufa relacionadas à energia elétrica utilizada pela empresa. A meta é acompanhar indicadores como eficiência energética, emissões evitadas e impactos ambientais, com perspectiva de ampliar o uso de fontes renováveis a 100% no futuro.

A parceria também está alinhada às metas de sustentabilidade da Tigre e da Statkraft, ambas signatárias dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. “Estamos dando um passo estratégico que conecta competitividade com responsabilidade ambiental”, afirmou Carlos Teruel, diretor executivo da Tigre.

A Statkraft, que atua no Brasil há mais de 15 anos, possui 2,2 GW de capacidade instalada em ativos renováveis e estrutura de comercialização no mercado livre. “A parceria com a Tigre reforça a nossa atuação em soluções estruturadas e na expansão do mercado de energia renovável no país”, destacou Natasha Gaertner, vice-presidente comercial da Statkraft Brasil.

Com atuação em cerca de 30 países, a Tigre conta com 11 unidades de negócios no Brasil e nove no exterior. O acordo com a Statkraft reforça a estratégia do grupo em integrar competitividade industrial e compromissos ambientais em sua matriz energética.



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