Um estudo recente conduzido por pesquisadores do Departamento de Química da Universidade de Copenhague (Dinamarca) destaca um novo método químico que transforma r
esíduos de poli(tereftalato de etileno) (PET) em um adsorvente altamente eficiente para captura de dióxido de carbono (CO₂).
Desenvolvido com base em processos de reciclagem química, o método converte o PET pós-consumo em compostos de amidas e oligômeros por meio de aminólise. O produto resultante, denominado BAETA (bis-aminoamida), apresentou alta capacidade de captura de CO₂ – alcançando até 3,4 mol/kg – tanto em condições atmosféricas quanto em fluxos típicos de gases industriais contendo entre 5% e 20% de CO₂.
O diferencial tecnológico do processo está na simplicidade da conversão e no alto rendimento reativo. Ao contrário de rotas convencionais de reciclagem mecânica ou pirólise, a aminólise do PET não requer reagentes caros ou etapas complexas de purificação. Além disso, o material resultante mantém estabilidade térmica superior a 250 °C, permitindo operar em temperaturas elevadas e suportar múltiplos ciclos de adsorção e regeneração sem perda significativa de desempenho. Essa característica amplia as perspectivas de uso do material em aplicações reais de mitigação de CO₂, que podem ser desde colunas de adsorção em refinarias até sistemas de captura direta do ar.
Segundo os pesquisadores, a conversão química dos resíduos de PET em materiais para captura de carbono representa uma estratégia de dupla finalidade: reduz a poluição por plásticos e contribui para a obtenção de índices negativos de emissão. O processo demonstrou-se viável em escala laboratorial, o que aponta um potencial de replicação industrial com baixo investimento.
O estudo completo está disponível em:
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Imagem: Kwangmoozaa / Shutterstock
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