A Rockwell Automation (EUA), que tem unidade brasileira em São Paulo (SP), desenvolveu um sistema de inteligência artificial (IA) generativa denominado Factory Talk Analytics Logix AI, que pode ser aplicado em diferentes ambientes da indústria de manufatura, incluindo as empresas do setor de plásticos, tornando possível a análise e a proposição de correções de processos em tempo real.

 

Trata-se de um módulo que pode ser adicionado aos sistemas de controle da empresa, e que utiliza a aprendizagem de máquina (machine learning), uma área da inteligência artificial que permite que computadores aprendam a identificar padrões em grandes volumes de dados e façam previsões ou tomem decisões automaticamente.

 

O módulo emprega essas análises no controle de processos, transmitindo dados do controlador de modo a criar modelos preditivos. Ele pode monitorar continuamente uma operação de produção, detectando anomalias e capacitando os operadores a aplicar conceitos de aprendizagem de máquina para se anteciparem aos problemas de qualidade do produto final.

 

Eric Vieira, gerente de negócios Software & Control da Rockwell, explicou que a adoção do sistema pode ser feita de maneira gradual, proporcionando ganhos rápidos em termos de desempenho de processo, o que democratiza a adoção da tecnologia. Um exemplo recente foi a aplicação do sistema em uma linha de envase, conectada ao CLP das máquinas, que trouxe melhorias em menos de 20 dias. “Há muitos casos de sucesso na indústria envolvendo a IA, que está caminhando junto com a aprendizagem de máquina, fazendo a orquestração das aplicações”, comentou.

 

O gerente ainda esclareceu que as IAs atuam nos diferentes níveis de aprendizagem de máquina: preventivo, que envolve o diagnóstico antecipado de  possíveis falhas; o preditivo, que inclui o aconselhamento sobre medidas a tomar, e o prescritivo, que consiste na criação de uma “ordem” para os equipamentos, assemelhando-se a uma tomada de decisão por parte de um operador.

 

No caso da linha de envase, foram contemplados o uso de variáveis, análise das variáveis e parâmetros, correlações entre parâmetros, criação de novos set points e prescrição de otimização. “Em se tratando de indústria 4.0, não há receita de bolo. Cada empresa é um caso e por isso é importante democratizar o acesso a ferramentas digitais como a inteligência artificial”, destacou Eric.

 

Para promover o uso das IAs no ambiente fabril, ele aconselha o planejamento, a realização de workshops de transformação digital, a divisão dos projetos em fases executáveis sem grandes transtornos e, sobretudo, fazer com que a adoção da tecnologia se encaixe no orçamento das empresas.

 

Em um evento realizado recentemente pela Rockwell, o RokTop Brasil, foram apresentados estudos de caso das empresas Vale e General Motors.

 

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Imagem: Divulgação Rockwell Automation

 

 

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