Entrou recentemente em operação no município de Flores, no Sertão do Pajeú (PE), o Complexo Solar São Pedro e Paulo, projeto conjunto das empresas pernambucanas Elétron Energy (60%) e Kroma Energia (40%), que recebeu investimento de R$ 355 milhões. O complexo tem capacidade instalada de 101 MWp e pode gerar 18.000 MWh/mês, energia suficiente para atender 112 mil unidades residenciais, ou aproximadamente 320 mil pessoas, o que corresponde à população total dos 17 municípios do Sertão do Pajeú. Os 153.816 módulos fotovoltaicos instalados ocupam área equivalente a 170 campos de futebol.

Em comunicado, o CEO da Elétron Energy, André Cavalcanti, declarou que o Complexo Solar São Pedro e São Paulo desempenha um papel crucial na transformação socioeconômica do sertão do Pajeú. “Ao abastecer toda a região, estamos não apenas atendendo às necessidades energéticas mas também promovendo impactos positivos em diversas esferas, como a criação de empregos locais, a promoção do crescimento econômico e a redução das emissões de carbono. [O complexo] será um catalisador para o desenvolvimento sustentável”, disse.

O CEO da Kroma Energia, Rodrigo Mello, lembrou que o Sertão do Pajeú é uma área “um pouco mais alta, o que faz com que o nível de radiação da região seja muito bom, além de ter um terreno plano”. A Kroma foi a primeira comercializadora de energia do Nordeste.

Entre os impactos do investimento na região, enumerados no comunicado, estão a utilização de áreas pouco ou não produtivas e a redução da utilização de energia de hidrelétricas, com a consequente preservação da água armazenada e melhorias da umidificação da região (com mais precipitações de chuva e mais irrigação). Além disso, ao receber um dos maiores parques de energia solar fotovoltaica do Nordeste, a região tende a atrair mais investimentos. Outro fator positivo para a região é o crescimento na arrecadação, principalmente de ISS e ICMS.

Em cerca de um ano de obra, foram gerados 748 empregos diretos, somando obra e operacional, com oportunidades em diversas áreas (como montadores de estruturas e módulos, eletricistas, operadores, técnicos mecânicos e profissionais de limpeza). Desses trabalhadores, mais de 400 foram oriundos de Flores e entorno, sobretudo Serra Talhada e Triunfo, contribuindo para a qualificação da mão-de-obra local. Indiretamente, a estimativa é que o Complexo Solar tenha gerado cerca de 600 empregos.

Com a conclusão da obra, o parque já está gerando cerca de 40 empregos diretos, sendo metade engenheiros eletricistas, eletrotécnicos e eletricistas, e metade ajudantes de eletricista e profissionais de serviços gerais. “Durante toda a construção do parque, movimentamos economicamente o município. Com a obra, não tinha mais casas para alugar, os restaurantes ficaram lotados e o comércio e armazéns de construção sempre com movimento. Uma satisfação que vai além dos benefícios da geração de energia do parque solar”, completou Rodrigo Mello.



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