A japonesa Panasonic iniciou em julho a instalação de um projeto de cidade inteligente (smart city) em um quarteirão de Berlim, na Alemanha, que utiliza um sistema integrado de tecnologias limpas, com baixa emissão de carbono, para prover de energia elétrica e térmica apartamentos das edificações do local escolhido para a experiência. A novidade é que o condicionamento ambiental dos prédios terá como base a eletricidade gerada por miniusina solar.

No sistema integrado, serão empregados módulos fotovoltaicos com tecnologia própria da Panasonic, baterias de armazenamento e bombas de calor ar-água também da empresa japonesa, a linha Aquarea. As bombas, que serão alimentadas pela eletricidade gerada pela energia solar, utilizam a captação do calor do ar, que passa em serpentina com gás refrigerante em trocador de calor que, por sua vez, aquece a água das residências e alimenta o sistema de calefação.

Batizado de Future Living Berlim, o projeto utiliza também um sistema de gerenciamento com software de inteligência artificial. Em simulações feitas pela Panasonic Europa em laboratórios de universidades, o sistema integrado resultou em economia de energia de até 15%.

A energia será gerada por usina de 195 kWp com 600 módulos Panasonic HIT, que utilizam tecnologia patenteada de silício e, segundo a empresa, são 10% mais eficiente do que os convencionais. Ainda de acordo com a Panasonic, os painéis também atingem desempenho melhor em ambientes mais quentes por conta de seu coeficiente de temperatura superior.

Segundo comunicado da Panasonic, a ideia central do projeto é eletrificar principalmente o aquecimento predial, que na Europa é muito baseado em soluções térmicas, com uso de energia renovável e de geração perto da carga, caso da miniusina solar do empreendimento. Mas a tecnologia de bomba de calor ar-água também pode ser usada para resfriamento, durante o verão.

Para melhor desempenho, as bombas incluem recurso de conectividade baseado em nuvem para instaladores, o que diminui as visitas para manutenção, já que consertos podem ser feitos remotamente com o sistema. Isso diminui ainda mais a pegada de carbono do projeto.  Além disso, os usuários finais do sistema de condicionamento ambiental podem monitorar o uso de energia e gerenciar as configurações da temperatura digitalmente.



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