Para servir como laboratório de testes de novas tecnologias, a BYD inaugurou em Campinas (SP) uma miniusina solar de 500 kWp, em parceria com o grupo Royal FIC e o Instituto Eldorado. Com investimento de R$ 7 milhões em equipamentos, a fazenda solar conta com estação meteorológica completa e será dedicada ao estudo de vários tipos de módulos fotovoltaicos, com perspectiva de integração com sistemas de armazenamento de energia e inversores de vários modelos.

Todos os equipamentos instalados na usina vão fornecer dados a um sistema supervisório central, com um software responsável por unir todas as informações monitoradas remotamente. Foram instalados vários módulos fotovoltaicos para a geração, desde monocristalino PERC e policristalino, até o convencional e o vidro-vidro. Os painéis também foram projetados em diferentes métodos, com trackers, estrutura fixa metálica e estrutura fixa de eucalipto em alturas e ângulos de inclinação diversos.

A TMW Energy, do grupo Royal FIC, cedeu parte do terreno para a construção e será responsável pela manutenção e segurança do local. Em contrapartida, a BYD vai ceder a energia gerada pela usina para a TMW, que também acabou de instalar em terreno ao lado uma miniusina de 4,75 MW, com módulos BYD de fabricação nacional, para geração dedicada a um projeto de GD da Telefônica Brasil. As duas usinas foram implementadas pela Alsol.

Segundo o diretor de marketing e sustentabilidade da BYD do Brasil, Adalberto Maluf, a intenção é transformar a miniusina laboratório no maior ecossistema de inovação e pesquisa em energia solar fotovoltaica do País. Além de testes com novos materiais e aplicações, serão avaliadas na prática as principais tecnologias fotovoltaicas em produção no País, desde os módulos poli e mono-PERC, half cell, bifaciais e vidro-vidro, com suas aplicações em diferentes tipos e tamanhos de sistemas de armazenamento com baterias de lítio-ferro (LFP). “Nossa meta é simular os efeitos e impactos dos diferentes climas brasileiros na durabilidade das tecnologias”, afirma Maluf.

Também faz parte do projeto a instalação de um car port – um estacionamento com telhado fotovoltaico capaz de gerar energia para abastecimento dos automóveis. Na usina foi construído um modelo maior para o abastecimento de ônibus elétricos, ao quais a BYD produz no Brasil. Além disso, a usina tem um sistema de armazenamento de energia com bateria de lítio-ferro, capaz de armazenar 630 kWh.

O projeto da miniusina foi idealizado a partir da inclusão em 2018 da BYD no Padis - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores e Displays. O escopo da pesquisa para desenvolvê-la foi do Instituto Eldorado, que ficará responsável pela coleta de dados, análises e conclusões dos estudos.

Atuando como produtor local, importadora de módulos e armazenadores de energia, a BYD já comercializou 1,5 GW de módulos no país. No Brasil, a primeira fábrica está em operação desde 2015, para produzir chassis de ônibus elétricos e comercializar veículos e empilhadeiras em Campinas. Em abril de 2017, a BYD inaugurou sua segunda unidade no mesmo complexo, a de módulos fotovoltaicos.



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