De olho no potencial nacional para atender o mercado de hidrogênio verde, foi criado o Pacto Brasileiro pelo Hidrogênio Renovável, uma cooperação entre representantes dos principais empreendedores de energia renovável do País com a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha do Rio de Janeiro (AHK Rio). A ideia central é acelerar o desenvolvimento da indústria local do combustível limpo, obtido por unidades de eletrólise da água supridas por energia renovável ou a partir do processo de reforma a vapor do biometano.

O acordo com a AHK Rio foi celebrado com a Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (Abeeólica), a Associação Brasileira do Biogás (Abiogás) e a Absolar - Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica. Os presidentes da Absolar e da Abeeólica, Rodrigo Sauaia (à esquerda na foto) e Elbia Gannoum (à direita), assim como a diretora da Abiogás, Tamar Roitman (segunda a partir da esquerda), assinaram o pacto no dia 5 de maio na sede da AHK Rio, representada pelo diretor de transição energética e sustentabilidade da câmara, Ansgar Pinkowski  (na foto, terceiro a partir da esquerda).

Segundo comunicado conjunto das entidades, o acordo visa apoiar o desenvolvimento do H2V tanto para exportação quanto para consumo doméstico. A expectativa é que o apoio técnico e institucional das associações amplie a cooperação e o networking com players nacionais e internacionais. Entre as atribuições, os envolvidos pretendem contribuir com a criação de arcabouço regulatório, com o desenvolvimento de aplicações para o hidrogênio e com a promoção da economia da versão renovável do insumo.

Estão na estratégia ainda ações conjuntas entre as entidades que incluem atividades e projetos técnicos e institucionais, com metas de cooperação e participação das partes em grupos de trabalho, comissões técnicas, eventos, reuniões, debates, seminários, palestras e publicações.

Na perspectiva da Absolar, segundo Rodrigo Sauaia, o acordo é oportuno para criar um ponto focal de apoio ao setor público na criação de políticas em prol do hidrogênio e para acelerar a reindustrialização verde. “Os analistas de mercado projetam que, em poucos anos, o Brasil poderá produzir o hidrogênio renovável mais competitivo do mundo, se desenvolver políticas públicas, programas e incentivos adequados. Por isso, o Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2), do Governo Federal, deve ser repensado, priorizando e incentivando as rotas de produção de hidrogênio a partir de fontes renováveis”, disse Sauaia.

O interesse da AHK Rio no acordo se explica pelo forte envolvimento da Alemanha com o hidrogênio verde, com política pública lançada em 2020. Com o programa H2 Global, o país lançou em  2022 a primeira chamada pública para compra global de hidrogênio, para a qual algumas empresas brasileiras atenderam, e tem planejamento de efetuar leilões globais anuais de compra do hidrogênio verde, na forma de amônia líquida, metanol e SAF (combustível sustentável de aviação).



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