A usina solar fotovoltaica Alex, da Elera Renováveis, de 360 MW de capacidade instalada e em operação desde o fim de 2021 nos municípios de Limoeiro do Norte e Tabuleiro do Norte, no Ceará, adotou um sistema de segurança inovador, que utiliza cabeamento enterrado de fibra óptica e câmeras georreferenciadas para detecção e filmagem de presença no complexo construído em terreno de 830 hectares.

A tecnologia, da empresa sueca especializada em sistemas de segurança inteligente Axis, foi implantado em um perímetro de 13 quilômetros. Tem como inovação, em comparação com os sistemas convencionais fixos, o uso de novas câmeras que usam dados de geolocalização para mudar automaticamente o campo de visão e fornecer a verificação inicial do incidente à equipe de segurança que monitora o local. Para a transmissão dos dados, é utilizada rede de fibra óptica instalada ao redor do complexo solar.

A solução reduziu a necessidade das previstas 273 câmeras fixas predefinidas, em projeto convencional para monitorar todo o perímetro da UFV, para apenas 16 câmeras de vídeo instaladas com a nova tecnologia, que permite que a filmagem seja direcionada com precisão e em tempo real ao ponto da invasão, sem a intervenção do operador.

Mas para que os dados sejam transmitidos foi preciso enterrar a rede de cabos de fibra óptica por toda a volta do complexo. Esse sistema envia as coordenadas detectadas nas invasões de forma instantânea para as câmeras Axis. O sistema de segurança, operado com o software da Digifort, integra alto-falantes de rede que podem transmitir avisos pré-gravados ou ao vivo.

“A UFV Alex é o primeiro projeto solar no mundo a integrar a detecção com fibra óptica enterrada e câmeras que possuem capacidade de georreferenciamento. Quando adicionamos o alcance de zoom, infravermelho e a vida útil longa das câmeras Axis, conseguimos um sistema que atende às nossas necessidades atuais com eficiência e que continuará atendendo por muitos anos”, disse Alexander Fernandes de Assis, especialista em rede e infraestrutura na Elera Renováveis

Com o perímetro de 13 quilômetros para cobrir, o custo de instalar as cerca de 273 câmeras na UFV Alex, do sistema tradicional, seria muito alto, aliado ao necessário para gerenciar o volume de imagens e alertas gerado. “Em uma solução de segurança tradicional com câmeras fixas e analítico de vídeo, nós precisaríamos mapear o perímetro do campo e instalar câmeras predefinidas a cada 50 metros”, explica Bernardo Falcon, diretor executivo da Aeon Security, empresa que instalou a solução da Axis.

Além da vigilância durante o dia, para ter controle por vídeo noturno foram integrados iluminadores de longo alcance, que permitem a captura de imagens nítidas a mais de 500 metros de distância. O projeto passou a ser padronizado para outras usinas solares e parques eólicos da Elera e serão adotados na UFV Janaúba, em construção em Minas Gerais e cinco vezes maior do que a UFV Alex.



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