Dados publicados pela consultoria Bloomberg apontam que atualmente o Brasil tem potencial para produzir o hidrogênio mais barato do mundo através das fontes renováveis, com custo de US$ 1,7 a US$ 3 por quilo. Em 2030, a expectativa da consultoria é que esse valor seja inferior a US$ 1 por kg. “Ou seja, o Brasil está muito bem posicionado nesse novo mercado”, disse durante sua palestra Marília Rabassa, diretora da Cela - Clean Energy Latin America.

A executiva informou ainda que globalmente o hidrogênio verde tem potencial para atingir entre 400 milhões e 800 milhões de toneladas em 2050. “Com essas projeções, estima-se que o hidrogênio verde vai responder por 12 a 22% da demanda de energia mundial”. Em relação à competitividade, Rabassa afirma que a Agência Internacional de Energia calcula que 1 kg do hidrogênio verde com teor energético de 33,3 kWh custa em torno de US$ 3,40 a US$ 5 enquanto o preço do kg do hidrogênio cinza é de US$ 1,5, em média. “A expectativa é que essa diferença diminua até 2030, em função de ganhos de escala, redução de custo das renováveis e logística, entre outros fatores”.

Segundo Rabassa, o Brasil já possui mais de 20 MOUs assinados entre investidores potenciais de hidrogênio e o estado do Ceará, além de diversos outros acordos no Porto de Açu, no Rio de Janeiro, e no Rio Grande do Norte. “O interesse das empresas em produzir hidrogênio verde nos portos deve-se à logística facilitada, com potencial de suprir a demanda interna e externa, e ao acesso à energia renovável competitiva”.

A estimativa da diretora é de que a implantação de projetos de hidrogênio no País demande de 10 a 15 GW em projetos de energia renovável até 2030. “Diversas empresas que produzem energia solar e eólica estão negociando seus projetos com esses potenciais investidores. Então, esse é um novo e importante mercado para projetos de energia no País”, conclui.



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